Estado e setor empresarial se unem para impedir entrada da gripe aviária no Pará

Fundepec atendeu a solicitação da Adepará e doou material para ações de vigilância e investigação no plantel avícola

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Diante da possibilidade de entrada da gripe aviária em território paraense, a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) e o Sistema Faepa/Senar/Fundepec/Sindicatos uniram esforços para deixar o estado preparado para enfrentar possíveis casos. O Fundo de Desenvolvimento da Pecuária do Estado do Pará (Fundepec) doou material necessário para um atendimento eficaz e de proteção durante ações de fiscalização, em atendimento à solicitação da agência, que pretende reduzir o risco de ingresso e disseminação do vírus causador da doença.

Os materiais foram entregues na segunda-feira (16), na sede do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), na presença do diretor-geral da Adepará, Jamir Macedo, do presidente do Sistema Faepa/Senar/Fundepec/Sindicatos, Carlos Xavier, e do secretário de estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca, João Carlos Leão Ramos.

O Brasil possui o terceiro maior plantel avícola do mundo e é o maior exportador de carne de frango, exportando para mais de 150 países. A vigilância desse plantel tem caráter preventivo, para manter o território livre de doenças, evitando restrições comerciais e impactos negativos na cadeia produtiva.

Não há registro no Brasil de casos de gripe aviária. Entretanto, os órgãos competentes prosseguem investindo na manutenção das barreiras sanitárias para impedir a entrada do vírus, tendo em vista que desde o ano passado são registrados focos da doença em outras nações. 

A gripe aviária chegou à América do Sul, a países que fazem fronteira com o Brasil, como Peru, Colômbia, Chile, Venezuela e Equador, o que acendeu o alerta. Em alguns casos, são aves silvestres e outros animais que atingem aves de subsistência ou de produção.

Doença exótica 

Conhecida como gripe aviária, a Influenza aviária é uma doença viral altamente contagiosa, que acomete aves domésticas e silvestres, gerando graves consequências à saúde animal, à economia e ao meio ambiente. O Brasil nunca registrou casos de animais contaminados pelo vírus, por isso a doença é considerada exótica no país, mas hoje está se aproximando da região.

De acordo com o Ministério da Agricultura, essa é a maior epidemia de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) ocorrida no mundo, e a maioria dos casos está relacionada ao contato de aves silvestres migratórias com aves de subsistência, de produção ou aves silvestres locais. O reforço das medidas de biosseguridade pelos produtores tem o objetivo de mitigar os riscos de ingresso e disseminação no país.

No Pará, a investigação epidemiológica ocorre em 98 granjas, localizadas em 21 municípios. São 59 granjas de corte (risco muito baixo), um matrizeiro (risco baixo), 35 estabelecimentos criadores de galinhas de postura (risco moderado), um estabelecimento criador de patos (risco alto) e dois estabelecimentos criadores de codornas (risco alto). Serão investigadas 1.122 aves, e coletadas 16.930 amostras biológicas, que serão enviadas para o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária, em Campinas (SP).