Escritório Social busca ressocializar 200 detentos por mês em Marabá

Unidade garantirá acesso aos direitos dos egressos do sistema penal, pré-egressos e seus familiares
Autoridades atestam eficácia de iniciativas como o Escritório Social na ressocialização de detentos

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Conseguir uma vida nova, um emprego ou a chamada ressocialização nunca foi uma tarefa fácil para os egressos do sistema penal. Sempre faltou um mecanismo específico por parte do poder público para que isso acontecesse. Foi inaugurado, em Marabá, o segundo Escritório Social do estado do Pará, que vai atuar na inclusão dos ex-detentos, oferecendo ferramentas para que possam conviver em sociedade novamente. A cerimônia de inauguração contou com a presença de autoridades do Poder Judiciário e do Executivo.

O juiz da Vara de Execuções Penais de Marabá, Cario Berardo, que também integra o Grupo de Monitoramento Carcerário do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, deixa claro que o Escritório Social é um elo entre as pessoas que estavam reclusas e a sociedade.

Tanto o egresso quanto seus familiares receberão atendimento personalizado para tentar identificar uma vocação profissional, além de apresentá-los a outros direitos sociais. A previsão é de que, na unidade, sejam atendidas pelo menos 200 pessoas por mês.

O acesso dos egressos do sistema penal aos serviços se dá de forma voluntária, explica o auxiliar da presidência do CNJ, juiz Jonatas Andrade. Os pré-egressos, aqueles que estão a seis meses de sair da prisão, passarão por entrevistas e de lá encaminhados para o Escritório.

Para o desembargador Luís Lanfredi, coordenador do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário Nacional, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a entidade é uma aposta na ressignificação da própria execução penal.

O Escritório Social funciona na Rua 5 de Abril, na Praça Duque de Caxias, centro de Marabá.