Apesar de ritmo lento, municípios paraenses seguem no topo da produção mineral

Pará segue na liderança, mas diferença para Minas, que chegou a ser de R$ 20 bilhões, hoje está em pouco mais de R$ 2 bilhões. Destaque no estado é crescimento expressivo de Marabá

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A desaceleração da produção mineral nas operações da multinacional Vale em Carajás fez com que os municípios paraenses diminuíssem o ritmo e, por outro lado, levou Minas Gerais a se aproximar para retomar o topo nacional, posto que perdeu para o estado do Pará em 2019. Em 2020, o Pará chegou a ostentar faturamento na mineração de R$ 20 bilhões a mais que Minas. Agora, em quatro meses incompletos de 2022, a diferença caiu consideravelmente para pouco mais de R$ 2 bilhões.

As informações foram levantadas pelo Blog do Zé Dudu, que nesta terça-feira (26) analisou dados prévios da Agência Nacional de Mineração (ANM) referentes à produção mineral até este mês de abril. Este ano, o Pará já movimentou R$ 22,99 bilhões em recursos minerais, ao passo que em Minas as operações totais somam, até o momento, R$ 20,23 bilhões. Se a extração mineral mantiver esse pique, até julho Minas Gerais volta a ser o maior produtor de commodities minerais.

No ano passado, o maior produtor nacional de minérios, Parauapebas, que se sustenta pela lavra e extração de ferro de alto teor, havia movimentado cerca de R$ 20 bilhões nos quatro primeiros meses. Agora, em 2022, são “apenas” R$ 9,471 bilhões na Capital do Minério. Em Canaã dos Carajás, o faturamento deste ano é de R$ 7,151 bilhões e também caiu pela metade em relação ao mesmo período do ano passado.

Atrasos no licenciamento de novas minas na Serra Norte, presença de jaspilito na Serra Sul, instalação de britadores, interrupção em linha de processamento do jaspilito, além do impacto das fortes chuvas, o que levou até mesmo a interrupção da circulação sobre a Estrada de Ferro Carajás (EFC), estão entre os fatores que causaram a diminuição drástica do faturamento nas minas do complexo minerador de Carajás, que se espalha entre os municípios de Parauapebas (Serra Norte), Canaã dos Carajás (Serra Sul) e Curionópolis (Serra Leste).

Por outro lado, fora do circuito do minério de ferro, o município de Marabá, maior produtor de cobre do país, subiu no ranking da atividade mineral este ano, destronando quase todas as localidades produtoras de Minas Gerais, à exceção de Conceição do Mato Dentro. Com movimentação de R$ 2,329 bilhões em recursos minerais, Marabá já supera este ano Itabira, Mariana, São Gonçalo do Rio Abaixo e Paracatu.

Se seguir crescendo no mesmo ritmo, Marabá pode se juntar a Parauapebas e Canaã dos Carajás, e o Brasil poderá ver, pela primeira vez, as três posições da indústria mineral sendo ocupadas por localidades paraenses.

1 comentário em “Apesar de ritmo lento, municípios paraenses seguem no topo da produção mineral

  1. Wagner Piemont Responder

    Excelente informação! Vou usar no meu tcc de engenharia de minas, no tema Economia mineral! Ass: Wagner

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