Jimmy Cliff morreu aos 81 anos. A notícia foi divulgada pela mulher do cantor jamaicano, considerado uma lenda do reggae, nesta segunda-feira, 24. Segundo Latifa, a causa da morte foi uma convulsão seguida por pneumonia.
No perfil do cantor, no Instagram, Latifa se diz grata à família, amigos, colegas artistas e colaboradores de Jimmy que compartilharam os últimos dias com ele. Dirigindo-se aos fãs do cantor ao redor do mundo, ela diz que o apoio deles foi a força do artista ao longo de toda a carreira dele.
“Ele realmente apreciava o amor de cada um dos fãs. Gostaria também de agradecer ao Dr. Couceyro e a toda a equipe médica, que foram extremamente prestativos e solidários durante este difícil processo. Jimmy, meu querido, que você descanse em paz. Cumprirei seus desejos. Espero que todos possam respeitar nossa privacidade durante estes tempos difíceis. Mais informações serão fornecidas em uma data posterior”, escreveu a Latifa.
Lenda do reggae
Dono de uma trajetória que atravessou gerações, Cliff se tornou referência ao combinar reggae, ska (gênero musical jamaicano) e mensagens de resistência. Ainda adolescente, começou a se apresentar na Jamaica e rapidamente despontou como uma das vozes que conduziriam a sonoridade para além do país.
Entre seus clássicos estão Many Rivers to Cross, The Harder They Come, You Can Get It If You Really Want, Wonderful World, Beautiful People e Reggae Night.
A presença do artista também marcou o cinema. Em 1972, ele protagonizou Balada Sangrenta, filme que ampliou o alcance internacional do reggae e ajudou a apresentar a cultura rastafári a novos públicos. Décadas depois, seguiu ligado ao audiovisual e manteve forte influência sobre artistas de diferentes estilos.
Em 2003, Cliff recebeu a Ordem do Mérito, maior honraria de seu país. Ele também se tornou um dos poucos jamaicanos incluídos no Rock and Roll Hall of Fame, onde é descrito como o primeiro campeão do reggae, fundamental para difundir o reggae para além da Jamaica.
(Fonte: MSN Notícias)