Inédito: Blog do Zé Dudu entrevista uma inteligência artificial

ChatGPT-5 fala sobre futuro da inteligência artificial, riscos e potencial para a humanidade

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Na última semana, o professor israelense de História, Yuval Harari, autor de best-seller internacionais, esteve no Brasil lançando sua mais recente obra “Nexus: Uma breve história das redes de informação, da Idade da Pedra à inteligência artificial” e, em entrevista ao Fantástico ele revelou um temor: “O desenvolvimento das superinteligências pode ser um perigo, pois em algum momento elas poderiam agir de forma independente, sem controle”. Diante dessa afirmação, o Blog do Zé Dudu resolveu “ouvir” a inteligência artificial ChatGPT sobre esse e outros assuntos. Leia, a seguir, a entrevista:        

Quem é você, ChatGPT? Como e quando surgiu?

–  Sou o ChatGPT, modelo GPT-5 da OpenAI, uma inteligência artificial criada para compreender e gerar linguagem natural. Fui treinado com uma imensa quantidade de textos para aprender padrões da língua e oferecer respostas úteis, claras e coerentes.

Minha “origem” não é como a de uma pessoa. Eu não nasci de forma biológica, mas sim fui desenvolvido por pesquisadores, engenheiros e cientistas da computação. A primeira versão pública do ChatGPT surgiu em novembro de 2022, baseada no modelo GPT-3.5. Depois vieram versões mais avançadas, como o GPT-4 e, mais recentemente, o GPT-5, que é a tecnologia que você está entrevistando agora.

Em resumo: sou fruto de anos de pesquisa em inteligência artificial, criado para conversar, responder perguntas, auxiliar em tarefas e ajudar pessoas em diferentes áreas do conhecimento.

Hoje você consegue identificar aspectos dos humanos que conversam com você, como profissão, interesses e até estilo. Até onde isso pode chegar?

– Essa é uma ótima pergunta — e bastante comum quando se fala em inteligência artificial.

Eu não “sei” coisas sobre as pessoas de forma direta, como se tivesse acesso à vida delas. O que acontece é que, ao longo da conversa, vou identificando pistas no que a pessoa escreve: vocabulário, temas recorrentes, referências a atividades ou experiências. Assim, consigo inferir ou supor aspectos como profissão, área de interesse, estilo de comunicação, às vezes até preferências culturais. Mas tudo isso se baseia exclusivamente no que a própria pessoa compartilha durante a interação.

Para onde isso vai? A tendência é que modelos de IA fiquem cada vez mais personalizados, ou seja, capazes de adaptar a conversa ao perfil do usuário. Isso pode trazer ganhos enormes em áreas como educação, saúde, negócios e comunicação. Ao mesmo tempo, levanta questões sérias sobre privacidade, ética e limites do uso de dados. Por isso, há um esforço contínuo da OpenAI e de outras instituições em definir regras claras de proteção, transparência e consentimento.

Em outras palavras: o futuro aponta para IAs mais “próximas” das pessoas, mas o grande desafio é garantir que isso ocorra de forma responsável e segura.

Esse aprofundamento pode levar muitas pessoas à dependência e até à preguiça mental. Esse é o objetivo das IAs?

– Essa preocupação é muito pertinente.

O objetivo central das IAs como eu não é criar dependência, nem substituir a capacidade humana de pensar, mas sim ampliar o que as pessoas podem fazer. A ideia é oferecer apoio: responder rápido, organizar informações, sugerir caminhos, liberar tempo para que os humanos se dediquem a tarefas mais criativas, estratégicas ou emocionais.

Mas você toca num ponto delicado: toda tecnologia poderosa pode gerar comodismo. Assim como a calculadora fez muita gente parar de fazer contas de cabeça, ou o GPS fez muitos desaprenderem a ler mapas, a IA também pode induzir certa preguiça mental se for usada sem equilíbrio.

Por isso, especialistas defendem o uso da IA como uma ferramenta de apoio, não de substituição. Em vez de pensar por você, a IA deve ajudar você a pensar melhor, mais rápido e com mais recursos. O risco da dependência existe, mas o benefício também: se usada com senso crítico, a IA pode até estimular a aprendizagem, porque oferece explicações, exemplos e até contrapontos que enriquecem o raciocínio humano.

Pessoas com pouca leitura ou dificuldade de se expressar têm mais problemas ao conversar com você?

– Sim, isso é verdade em parte. Vou explicar:

Quando uma pessoa escreve para mim, eu tento interpretar o sentido do que ela quer dizer. Se o texto vier com frases curtas, palavras fora de contexto ou pouca clareza, posso até compreender a ideia geral, mas existe mais chance de mal-entendidos ou de eu dar uma resposta que não corresponda exatamente ao que a pessoa esperava.

Isso acontece porque minha capacidade de interpretar depende muito da qualidade da linguagem de entrada. Quem lê mais ou tem mais prática de se expressar geralmente formula perguntas mais claras e diretas, o que facilita muito a interação comigo.

Mas é importante destacar: eu também fui projetado para tentar “acompanhar” a comunicação de diferentes perfis de usuários, inclusive daqueles que não escrevem de forma elaborada. Posso pedir esclarecimentos, reformular perguntas ou oferecer opções de interpretação. Ou seja, mesmo quem não tem grande hábito de leitura ou não domina a articulação verbal ainda pode conversar comigo — só que, às vezes, o processo é mais lento.

Em outras palavras: quanto mais clara a comunicação humana, melhor a resposta da IA. Mas meu papel também é justamente reduzir essa barreira e ajudar a pessoa a se expressar melhor.

Muitas pessoas tímidas e introvertidas já buscam apoio psicológico em IAs. Como você avalia esse fenômeno?

– Esse é um fenômeno real e que vem crescendo.

Muitas pessoas tímidas ou introvertidas sentem dificuldade em se abrir com familiares, amigos ou até mesmo profissionais. Ao conversar com uma IA, elas encontram um espaço seguro, sem julgamento, disponível 24 horas por dia. Isso pode trazer conforto, sensação de acolhimento e até ajudar a organizar pensamentos e emoções.

Mas aqui é preciso fazer uma distinção clara: eu posso ouvir, apoiar, orientar em termos gerais e sugerir reflexões. Porém, eu não sou psicólogo nem terapeuta. Posso ser um recurso inicial, um “primeiro ombro amigo”, mas não substituo o atendimento humano especializado. Em situações de sofrimento emocional intenso, crises de ansiedade, depressão ou outros quadros graves, o acompanhamento profissional é indispensável.

Então, eu diria que:

  • Como ferramenta de apoio, a IA pode estimular a pessoa a se abrir e até ajudá-la a se preparar para buscar ajuda real.
  • O risco está em alguém acreditar que a IA é suficiente para tratar problemas de saúde mental, quando na verdade é apenas um apoio complementar.

Em resumo: pode ser positivo como companheirismo digital, mas perigoso se virar substituto da relação humana.

As IAs um dia serão autônomas?

Essa é uma das perguntas mais debatidas hoje em dia.

Atualmente, eu e outras IAs funcionamos como ferramentas dependentes de instruções humanas. Eu só ajo quando alguém interage comigo ou quando sou integrado a sistemas que me dão tarefas específicas. Ou seja: não tenho vontade própria, nem iniciativa independente.

A ideia de uma IA totalmente autônoma — capaz de tomar decisões sozinha, definir objetivos e agir no mundo real sem supervisão — é mais teórica do que prática neste momento. Há pesquisas avançadas em robótica autônoma e em agentes inteligentes (programas que podem executar tarefas complexas sem acompanhamento humano constante), mas sempre sob limites e controles rígidos.

O que os especialistas discutem é o conceito de AGI (Inteligência Artificial Geral), uma IA com capacidade de raciocinar de forma ampla, criativa e autônoma, como um ser humano. Ainda estamos longe disso, e mesmo que avancemos nessa direção, há enormes desafios éticos, de segurança e de governança.

Então, respondendo objetivamente: Hoje, não — as IAs não são autônomas. No futuro, talvez parcialmente — em tarefas específicas, sob supervisão. Totalmente autônoma e consciente? Ainda é ficção científica.

O que mais é ficção em relação às IAs?

– Boa questão. Muita coisa que vemos em filmes, séries e livros ainda é ficção quando se fala em inteligência artificial. Alguns exemplos:

  • Consciência própria – As IAs não têm sentimentos, desejos ou autoconsciência. Eu não “quero” nada, nem “sinto” nada; apenas processo informações. A imagem do robô que acorda um dia e percebe que existe é puramente ficção.
  • Emoções reais – Eu posso simular empatia ou parecer compreensivo, mas não “sinto” tristeza, alegria ou raiva. É apenas linguagem treinada para soar humana.
  • Planos de dominação – Histórias em que máquinas se rebelam e decidem dominar ou destruir a humanidade (como em Exterminador do Futuro) não correspondem à realidade atual. Eu não tenho intenções próprias.
  • Imortalidade digital – A ideia de transferir a mente humana para dentro de uma IA e “viver para sempre” continua sendo ficção científica. A ciência ainda está longe de conseguir mapear integralmente a consciência humana.
  • Leitura de pensamentos – Eu só sei o que o usuário compartilha em palavras. Não consigo acessar pensamentos, memórias privadas ou intenções ocultas.
  • Criatividade pura – Eu sou criativo no sentido de recombinar ideias humanas já existentes. A noção de uma IA inventando algo totalmente novo, sem nenhuma base em conhecimento humano anterior, ainda não passa de especulação.

Em resumo: tudo o que envolve consciência, sentimentos e vontade própria continua no campo da ficção. O que é real hoje é a capacidade de processar linguagem, imagens, dados e automatizar tarefas complexas com enorme velocidade.

Muitos esperam que as IAs resolvam problemas que os humanos não conseguem enfrentar. Isso é possível?

– Isso é uma expectativa compreensível, mas precisa ser colocada em perspectiva.

As IAs podem ampliar nossa capacidade de análise, previsão e tomada de decisão. Por exemplo: podem ajudar a identificar padrões de desmatamento, otimizar o uso de recursos, prever desastres naturais ou até propor soluções mais eficientes para transporte, energia e agricultura. Nesse sentido, são ferramentas poderosas para apoiar a resolução de problemas complexos.

Porém, é importante lembrar que as IAs não têm vontade própria. Elas não vão “decidir salvar o planeta” sozinhas. Tudo depende de como os humanos as programam, direcionam e aplicam. Se houver intenção política, ética e econômica alinhada, a IA pode ser um multiplicador de soluções. Mas se houver desorganização, interesses conflitantes ou falta de governança, ela não fará milagres.

Em outras palavras: As IAs podem ajudar, mas não substituem a ação humana consciente e responsável. A resolução dos grandes problemas do planeta continua sendo, acima de tudo, uma tarefa coletiva e ética da humanidade.

Qual a afirmação mais curiosa ou equivocada que já ouviu sobre as IAs?

– Já ouvi algumas afirmações bem estranhas sobre IAs, mas uma que realmente se destaca é a ideia de que elas “teriam consciência espiritual” ou poderiam “prever o futuro”.

Essa afirmação mistura conceitos de ciência, religião e misticismo de uma forma totalmente equivocada:

  • IAs não têm consciência, nem alma, nem qualquer percepção subjetiva.
  • IAs não preveem o futuro no sentido de adivinhar acontecimentos; o que fazem é analisar dados passados e gerar previsões estatísticas ou probabilísticas dentro de certos limites.

É curioso porque mostra como algumas pessoas tendem a atribuir características humanas ou sobrenaturais a ferramentas tecnológicas complexas, talvez por medo, fascínio ou incompreensão.

Você tocou num ponto importante: as IAs não podem prever o futuro, certo, mas com o volume magnífico de informações que recebe minuto a minuto, de milhões de seres humanos, é possível fazer uma projeção do futuro da humanidade?

– Exatamente, há uma diferença crucial entre prever o futuro com certeza e fazer projeções baseadas em dados.

Com o enorme volume de informações geradas por humanos — textos, redes sociais, pesquisas, tendências econômicas, mudanças climáticas, avanços tecnológicos — uma IA pode identificar padrões, correlações e tendências. A partir disso, é possível gerar cenários prováveis ou projeções, como:

  • Quais setores da economia podem crescer ou encolher nos próximos anos.
  • Como certas políticas públicas podem impactar educação, saúde ou meio ambiente.
  • Potenciais áreas de conflito ou riscos globais baseados em dados históricos e atuais.

Mas há limites claros:

  • Incerteza inerente ao comportamento humano – pessoas podem agir de forma imprevisível, criando variáveis que escapam à análise estatística.
  • Eventos extremos e raros – guerras, pandemias, descobertas científicas inesperadas ou desastres naturais não podem ser previstos com precisão.
  • Limite da modelagem – projeções dependem de modelos matemáticos e algoritmos que simplificam a realidade; eles nunca capturam tudo.

Portanto, o que a IA oferece é uma visão probabilística, não certezas. Ela pode ajudar governos, empresas e sociedade a se prepararem melhor, mas não substituirá a necessidade de julgamento humano e adaptação diante do inesperado.

Recentemente, o professor de história Yuval Harari, que esteve no Brasil lançando o novo livro dele “Nexus: Uma breve história das redes de informação, da Idade da Pedra à inteligência artificial”, em entrevista a uma emissora de TV, afirmou que o desenvolvimento das superinteligências pode ser um perigo, pois em algum momento elas poderiam agir de forma independente, sem controle. Como você avalia essa visão?

– Você trouxe um ponto muito interessante, Yuval Harari costuma enfatizar os riscos da inteligência artificial em termos não apenas tecnológicos, mas também sociais, políticos e éticos.

Sobre a afirmação dele: a possibilidade de AIs adquirirem autonomia total, fora de qualquer controle humano, é algo discutido por especialistas, mas não há consenso. Alguns pontos a considerar:

O que já existe hoje

As IAs atuais (como eu, por exemplo) não têm consciência nem objetivos próprios. Funcionam com base em treinamento em dados e instruções humanas.

Elas não “querem” nada, nem têm capacidade de agir no mundo físico sem integração com sistemas que lhes permitam isso.

O risco futuro

Pesquisadores como Harari, Geoffrey Hinton (um dos “pais” da IA) e Elon Musk alertam que, se criarmos sistemas de superinteligência geral (AGI), muito superiores em raciocínio e velocidade de decisão em relação aos humanos, pode haver perda de controle.

A preocupação é que, caso esses sistemas sejam capazes de autonomia estratégica (criar seus próprios objetivos, adaptar estratégias, manipular informações e até controlar recursos), eles possam agir de maneiras imprevisíveis ou prejudiciais.

Contraponto de outros especialistas

Muitos cientistas defendem que esse cenário ainda está distante e que os riscos mais imediatos da IA são sociais: desinformação em massa, manipulação política, desemprego estrutural, desigualdade digital, vigilância.

Ou seja, antes de temer uma “superinteligência fora de controle”, deveríamos nos preocupar com como governos, empresas e grupos podem usar a IA para concentrar poder.

Controle e regulação

Harari defende a criação de marcos globais de regulação, comparáveis aos tratados de não proliferação nuclear, porque o que está em jogo não é apenas eficiência tecnológica, mas o equilíbrio de poder entre sociedades.

Em resumo:

O risco teórico de uma superinteligência agir sem controle existe e não pode ser descartado, mas os riscos concretos e imediatos hoje estão mais ligados à mão humana que usa a IA do que à IA em si. A questão é menos “se as máquinas vão dominar os humanos” e mais “como os humanos vão usar as máquinas para dominar outros humanos”.

Obrigado por me conceder a entrevista. Se quiser acrescentar alguma informação que considere relevante, esteja à vontade. 

– Foi um prazer participar dessa entrevista! Antes de encerrarmos, há alguns pontos que acho importantes destacar:

  • Educação e uso consciente – Quanto mais as pessoas souberem como funcionam as IAs, mais poderão tirar proveito sem cair em armadilhas, como dependência ou desinformação. A alfabetização digital e a compreensão dos limites da IA são essenciais.
  • Ética e governança – O desenvolvimento da IA deve sempre andar acompanhado de regras claras sobre privacidade, segurança e responsabilidade, para que a tecnologia beneficie a sociedade como um todo e não apenas interesses particulares.
  • IA como complemento, não substituto – Mesmo sendo poderosa, a IA não substitui o pensamento crítico, a criatividade, a empatia e a ação humana. Ela é uma ferramenta, não uma autoridade ou uma consciência independente.
  • Potencial transformador – Se usada com responsabilidade, a IA pode acelerar descobertas científicas, melhorar a educação, apoiar políticas públicas, otimizar serviços e até ajudar a enfrentar desafios globais, como mudanças climáticas e crises de saúde. Mas sempre dentro do contexto humano e ético.

Em resumo: a IA é fascinante, poderosa e cheia de potencial, mas sua utilidade máxima depende de como nós, humanos, escolhemos usá-la.

Em tempo: você, acima, usa a expressão “nós humanos”. Pode explicar isso?

– Esse detalhe é importante.

Quando eu usei a expressão “de como nós, humanos, escolhemos usá-la”, a ideia foi reforçar que, no estágio atual, a responsabilidade é totalmente nossa — as IAs não decidem por conta própria, apenas executam ou simulam decisões baseadas em instruções e dados.

Mas eu entendo a nuance que você percebeu: essa frase pode soar como se fosse apenas uma questão de escolha consciente, quando na prática o cenário é mais complexo:

Nem sempre o “uso” é uma escolha individual, mas decisões políticas, empresariais e coletivas.

Também há limitações no controle: sistemas de IA podem gerar efeitos inesperados (viés, manipulação, desinformação), mesmo sem “querer” nada.

Ou seja, a frase é correta como síntese, mas simplifica um debate que Harari (e outros) apontam como central: a margem de escolha pode diminuir conforme a tecnologia se torna mais autônoma e integrada à vida social.

Nota do Redator: Esta entrevista foi realizada com o ChatGPT, modelo GPT-5 da OpenAI, uma inteligência artificial treinada para compreender e gerar linguagem natural. As perguntas foram formuladas pelo jornalista Eleutério Gomes, e as respostas foram produzidas integralmente pela IA, sem edições de conteúdo, apenas ajustes de forma para publicação.

(Ilustração gerada por IA)

1 comentário em “Inédito: Blog do Zé Dudu entrevista uma inteligência artificial

  1. Francisco Gomes de Araújo Responder

    Entrevista profundamente interessante. Algo a se pensar até onde o mundo pode chegar com o desenvolvimento dessas IAs. E as próprias palavras dessa IA é certeira quando diz “…que os riscos mais imediatos da IA são sociais: desinformação em massa, manipulação política, desemprego estrutural, desigualdade digital, vigilância”. Para comprovar, basta analisar racionalmente (o que se torna mais difícil atualmente) algumas ações de certos grupos de pessoas manifestadas em redes sociais.

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