A decisão, publicada pela Casa Branca, aconteceu uma semana depois de o governo de Donald Trump suspender a taxa de reciprocidade de 10% sobre 200 mercadorias, impostas a diversos países. Medida tem efeito retroativo ao último dia 13, data de mais uma reunião da diplomacia brasileira com as autoridades norte-americanas.
Os anúncios trouxeram alívio para boa parte dos produtos do agronegócio, mas ainda afetam a principalmente a indústria, já que os produtos manufaturados seguem com taxa de 40%.
A seguir, veja alguns dos produtos que ainda estão no tarifaço e os que saíram.
Produtos ainda com tarifaço
- Máquinas
- Motores
- Calçados
- Café Solúvel
- Pescados
- Mel
Produtos sem tarifaço
- Carne bovina (todas as categorias)
- Café (verde, torrado e derivados)
- Frutas frescas, congeladas e processadas — incluindo laranja, abacaxi, banana, manga, açaí
- Cacau e derivados
- Especiarias (pimenta, gengibre, canela, cúrcuma etc.)
- Raízes e tubérculos (mandioca em todas as formas)
- Sucos e polpas de frutas
- Fertilizantes (ureia, nitratos, potássicos, fosfatados)
Em postagem numa rede social, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), mais uma vez tentou desqualificar o trabalho da diplomacia brasileira, afirmando que a redução das tarifas não foi mérito dos negociadores e sim, vontade própria do presidente dos Estados Unidos.
Já o presidente Lula disse estar feliz porque o presidente Trump começou a reduzir as taxações. “E essas coisas vão acontecer na medida em que a gente consiga galgar respeito das pessoas, ninguém respeita quem não se respeita”, acrescentou.
“O diálogo franco que mantive com o presidente Trump e a atuação de nossas equipes de negociação, formada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin e os ministros Fernando Haddad e Mauro Vieira pelo lado brasileiro, possibilitaram avanços importantes”, destacou o presidente, acrescentando: “Esse foi um passo na direção certa, mas precisamos avançar ainda mais. Seguiremos nesse diálogo com o presidente Trump tendo como norte nossa soberania e o interesse dos trabalhadores, da agricultura e da indústria brasileira”.
(Com informações do G1 e ABr)

