Secretário de saúde no Governo Cidadão, Evaldo Benevides Alves falou com exclusividade ao Jornal Correio do Pará. Mesmo sem ter uma especialização acadêmica em administração, ele ressaltou que toda sua experiência se deu no decorrer dos dias em que se viu como empresário.
Casado, com quatro filhos, Evaldo é residente em Parauapebas desde 1984, onde implantou um negócio próprio juntamente com seu pai e irmãos. Tendo participação na fundação da Associação Comercial e Industrial de Parauapebas (ACIP), assim como na construção da igreja católica do bairro Rio Verde e na emancipação da cidade em 1986, Evaldo afirmou ter orgulho de morar em Parauapebas.
CP – Pelo fato de não ser formado em medicina, o senhor foi bastante criticado ao assumir a SEMSA (Secretaria Municipal de Saúde). Como recebeu isso?
Evaldo – A princípio não ignorei a hipótese das pessoas criticarem, me atrapalharam um pouco, mas não se concretizaram. As pessoas não apostavam em mim, muitos até torciam para que isso acontecesse. Aqui dentro administro em parceria com a diretora geral do hospital municipal, da Atenção Básica, da Vigilância Sanitária, da Regulação, então a gente trabalha em equipe, e isso é muito importante para chegarmos em algo certo. Além disso, minha experiência administrativa em empresa privada me ajudou muito. Na empresa temos que fazer o melhor com menores custos, diferente dos órgãos públicos, oferecendo uma dinâmica diferente das demais que já existiram.
CP – O senhor permanece na Semsa no próximo Governo cidadão?
Evaldo – Isso é uma decisão do prefeito, mas avalio que depois de quatro anos, onde entrei sem saber de nada, e hoje sei muito nessa “faculdade” do dia – a – dia como secretário, seria até incoerente sair agora. Já pensei em sair do cargo, até já informei ao prefeito, mas depois pensei que como o município investiu em mim e as coisas estão melhorando, é hora de sair? Não, não é hora de sair. Me ponho à disposição de mais quatro anos.
Evaldo – Foi uma boa gestão. Não foi ótima, pois minha falta de experiência no princípio obteve algumas dificuldades, mas avançamos muito. As pessoas se lembram daquele tempo em que tinham que enfrentar filas enormes. Faltavam médicos, era uma raridade vê–los, não tinha medicamentos. Hoje os hospitais estão lotados de profissionais na área de saúde, os programas funcionando. Temos um pré-natal de excelência, um programa de hiperdia muito bom também, estamos iniciando o planejamento familiar, disponibilizando anticoncepcionais, camisinhas, laqueaduras. Então, avalio uma gestão que tem conseguido avançar.
CP -O materno-infantil foi o ponto escape de sua admistração?
Evaldo – A gente fala com muito orgulho e prazer sobre a nossa ala materna. Tendo em vista que um dos problemas de nossa cidade era a mortalidade materna que a gente conseguiu diminuir. Com a maternidade começou a ter obstetras 24 horas. As pessoas ainda lembram das mães passando pelos corredores entrando em trabalho de parto, hoje não se vê isso. A ala materna foi sem sombra de dúvida fundamental na saúde de Parauapebas.
CP – O atendimento no Hospital Municipal de Parauapebas é muito criticado. Ele atende a demanda de Parauapebas?
CP – Chegou ao seu conhecimento algum caos de erro médico em atendimentos realizados no hospital municipal?
CP – Em sua administração, qual projeto realizado o senhor avalia como principal na saúde de Parauapebas?
CP – Caso fique mais quatro anos na secretaria, qual (is) projeto(s) gostaria de pôr em prática?
que corresponde ao serviço de resgate com atendimento de ambulâncias UTI’s; o CAPSAD (Centro de Apoio Psicossocial a Alcoólatras e Drogados), para pessoas viciadas em drogas; a Internação Domiciliar; SAE (Serviço de Atendimento Especializado); além disso, implantar a saúde do adolescente e do idoso. Queremos fazer um atendimento diferenciado a esses grupos. Não posso esquecer do novo hospital. Nosso maior desafio não é o de construir, mas de manter, mas nos achamos preparados para isso.
CP – Qual sua expectativa sobre o hospital que está sendo construído? O senhor acredita que sua estrutura será capaz de atender a população local?
CP – Em sua administração, o senhor conseguiu baixar o índice de mortalidade e internações. Isso se deve a quê?
CP – O senhor tem algum agradecimento a fazer?
Evaldo – Agradeço muito a todos os profissionais de saúde pelo empenho em melhorar a saúde da população, e também ao prefeito Darci Lermen pela oportunidade que me confiou.