Um levantamento da Atlas realizado entre os dias 12 e 19 de novembro, quando foram ouvidos 1.006 paraenses adultos, mostra que 72,6% dos entrevistados acreditam que os investimentos federais e estaduais feitos para sediar a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30) deixarão um legado positivo para o estado. Apenas 17,5% manifestaram descrença nessa perspectiva. O mesmo estudo aponta que 70% dos paraenses avaliam o desempenho do governo do Pará na organização do evento como “ótimo/bom”; 12% consideram o desempenho regular e 17,8% o classificam como “ruim/péssimo”.
O relatório da pesquisa destaca percepções de melhora em setores específicos quando comparados ao período que antecedeu a COP30: Turismo (83% dos entrevistados indicaram melhora), Cultura (75%) e Obras e estradas (72%). Essas porcentagens mostram que a população percebe efeitos diretos das obras e intervenções realizadas para o evento.
De acordo com os dados, a maior parte dos entrevistados avalia que o governo estadual teve um bom desempenho na preparação do evento do clima. A aprovação se mantém em alta entre diferentes faixas etárias, níveis de escolaridade e regiões do estado, segundo os cruzamentos demográficos incluídos no relatório.
A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%. O perfil da amostra detalha o universo de entrevistados por sexo, faixa etária, nível educacional, renda, região e comportamento anterior às últimas eleições.
A pesquisa também analisou como os paraenses percebem mudanças no estado em comparação ao período anterior à COP30. Questões como infraestrutura, mobilidade urbana, serviços e organização geral foram avaliadas, revelando que uma parcela expressiva da população identifica melhorias decorrentes das obras e reformas realizadas para o evento.
Sobre o legado deixado pelos investimentos federais e estaduais, para a maioria dos entrevistados, os projetos implementados tendem a gerar benefícios duradouros para o Pará. Essa percepção é reforçada pela avaliação positiva de obras estruturantes — como intervenções viárias, reformas urbanas e modernização de equipamentos públicos — que tiveram níveis significativos de satisfação.
Imagem do estado
A população acredita que o evento deve aumentar o prestígio e a visibilidade do Pará tanto no Brasil quanto no exterior, ampliando sua importância nas discussões ambientais.
A pesquisa também mediu a reação dos paraenses à resposta do governador Helder Barbalho às críticas do presidente norte-americano Donald Trump, que não compareceu ao evento e questionou a construção da Avenida Liberdade. A declaração do governador — “Melhor agir do que postar” — recebeu apoio importante entre os entrevistados, sobretudo entre aqueles que avaliam positivamente a organização da COP30.











