Unidade de Zoonoses mantém inquérito canino para pesquisa da leishmaniose em Canaã dos Carajás

Durante a ação é feita palestra educativa com os moradores sobre a doença e a prevenção

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O bairro Jardim América recebeu no mês de março, a equipe da Unidade de Vigilância em Zoonoses de Canaã dos Carajás. A coleta de sangue de cães faz parte do inquérito canino para o diagnóstico da leishmaniose visceral (calazar). O bairro é selecionado através de um levantamento feito por agentes de endemias que aponta as áreas com maior infestação do mosquito flebótomo, transmissor da doença.

A coordenadora da Unidade de Zoonoses, Joseane Teixeira Macedo Soares, explica que o serviço de inquérito canino, realizado desde 2018 no município, é feito por uma equipe formada por uma médica veterinária e dois auxiliares. “Essa equipe percorre o bairro de caminhonete e, de porta em porta, verifica se há animais na residência. É feita a coleta de sangue do cão, com a permissão dos donos”, explica Joseane.

O material coletado é encaminhado para o Laboratório Central de Saúde Pública do Pará (LACEN), em Belém, que pode confirmar, ou não, se o cão está contaminado com o calazar. O dono do cão doente é orientado sobre a prática da eutanásia, preconizada pelo Ministério da Saúde que não reconhece nenhum tratamento como 100% curativo. O dono do animal também é informado que pode recorrer ao tratamento particular, que é caro e não há certeza de cura.

Em 2019, de acordo com a Unidade de Zoonoses, foram 497 casos confirmados de cães infectados com a leishmaniose em Canaã. “Por isso é importante a realização do inquérito canino para dar um diagnóstico da situação da doença no município, possibilitando criar estratégias para o controle da leishmaniose”, enfatizou a coordenadora.

Mas ainda existem famílias que resistem à visita da equipe de zoonoses. A médica veterinária, Janaina Pires Cheab, responsável pelo inquérito canino, explica como a informação é uma ferramenta necessária para a prevenção da doença. “As palestras educativas são importantes porque conseguimos levar para o público alvo as informações necessárias sobre a Leishmaniose, que hoje é o nosso foco, através de uma interação muito satisfatória com a população e conseguimos com mais detalhes esclarecer sobre as nossas atividades na unidade de vigilância em zoonoses que muitos desconhecem ainda”, enfatizou Janaina.