Tucuruí prepara venda da folha de pagamento dos servidores municipais

Governo local alega que por duas vezes tentou passar folha para frente, por meio de licitações que acabaram desertas. Por isso, acredita que estudo detalhado ajudará a nortear o processo.

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O prefeito Artur Brito autorizou a realização de uma ambiciosa dispensa de licitação para contratação direta de um instituto que realizará estudos de viabilidade econômico-financeira com vistas a estimar o melhor valor a serem considerados para o serviço de gestão financeira da folha de pagamento dos servidores públicos do município de Tucuruí, entre outras questões. Em resumo, o que o governo de Tucuruí pretende é encontrar um banco que assuma o pagamento dos proventos da prefeitura, centralizando todo o processo de uma despesa com pessoal estimada em R$ 205,84 milhões, segundo apurou com exclusividade o Blog do Zé Dudu.

A informação da dispensa foi publicada no mural de licitações do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) e pode ser consultada aqui. A empresa que ganhou a dispensa foi o Instituto Brasileiro de Tecnologia, Empreendedorismo e Gestão, uma entidade de direito privado sem fins lucrativos com sede em Belo Horizonte que vai ganhar 19 centavos para cada R$ 1 do valor homologado na licitação que vier a escolher o banco no qual os servidores vão receber o salário.

De acordo com justificativa da administração de Artur Brito, a tentativa de venda da folha do município segue orientação do TCM visando à regularização do processo de centralização dos serviços bancários para crédito de proventos dos servidores da administração direta e indireta, “incluindo-se todos os servidores ativos, efetivos, contratados, comissionados, inativos e pensionistas, e preferência na concessão de crédito consignado”.

A Prefeitura de Tucuruí lembra que foram feitas duas tentativas de venda da folha, mas sem sucesso. As licitações foram desertas, embora o município conte com seis agências bancárias (duas da Caixa, uma do Banco do Brasil, uma do Bradesco, uma do Banpará e uma do Banco da Amazônia). O governo acredita que ao realizar estudos de ordem econômico-financeira terá como embasar a próxima licitação para escolha da instituição financeira.