Tamanduá é resgatado na Orla do Tocantins, em Marabá

Animal foi capturado pela Guarda Ambiental e levado para a Fundação Zoobotânica

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Um tamanduá-mirim foi encontrado entre as mesas de um bar, localizado na movimentada Orla do Rio Tocantins, em Marabá. O animal, que tem movimentos lentos, estava assustado e acuado. Populares comunicaram o fato à promotora do Meio Ambiente, Josélia Leontina de Barros, que por sua vez acionou o GPA (Grupo de Proteção Ambiental) da Guarda e a SEMMA (Secretaria Municipal de Meio Ambiente).

Uma equipe das duas corporações capturou o animal e o conduziu para a Fundação Zoobotânica de Marabá. Lá, segundo o biólogo Manoel Ananis, ele passou por avaliação e, como estava bem de saúde, foi solto na natureza ainda na quinta-feira. “O animal não estava machucado e não seria bom que ficasse preso. A alimentação dele é bastante delicada. Por isso, decidimos soltá-lo na área do parque da FZM”, explica o biólogo.

Ainda segundo Ananis, o tamanduá encontrado é conhecido por mirim no meio científico, mas popularmente recebe a denominação de “mambira”. Ele pesava cerca de seis quilos e era macho.

O tamanduá-mirim mede até 1,35 m de comprimento e pesa cerca de 6 Kg. Possui crânio alongado, língua comprida e vermiforme e o terceiro dedo dos membros anteriores contém uma unha muito forte e cortante, em forma de foice. A pelagem é pardacenta com uma grande mancha negra que se inicia no pescoço, indo até o peito e estendendo próximo à cintura, lembrando um colete.

A temperatura corporal é muito baixa, o que explica a lentidão de movimentos. Os olhos são pequenos e sua visão é fraca, porém possui uma audição bastante desenvolvida. É solitário e possui hábitos crepusculares e noturnos. Quando não está ativo, descansa em buracos de árvore, tocas abandonadas de outros animais ou em outras cavidades naturais.

Quando em perigo, pode subir bem alto nas árvores, usando o rabo para se segurar. Se o agressor insistir, ele pode soltar um mau cheiro de espantar qualquer inimigo. O tamanduá-mirim é um bicho dócil, mas quando ameaçado ou acuado, levanta o corpo como se estivesse sentado e coloca as mãos para o alto. Quando o agressor se aproxima, o tamanduá o abraça podendo feri-lo seriamente com as garras. Por isso a popularização da expressão “abraço de tamanduá”.