Sob protestos, convenção do Progressistas acontece em Parauapebas

Novo diretório foi eleito, mas, a ala insatisfeita da sigla recorreu à Justiça e agora a eleição está sub judice

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Com a presença de 74 filiados quites com as obrigações estatutárias e do presidente da Executiva Estadual, ex-deputado federal Beto Salame, chefe da Representação do Governo do Estado no Distrito Federal, aconteceu no último sábado (26), em Parauapebas, a Convenção do Progressistas.

Na oportunidade, os novos dirigentes do Diretório Municipal foram eleitos, ficando  assim o quadro: presidente – Andreia Lima dos Santos; vice-presidente – Edivilson Carlos da Silva; segunda vice-presidente – Ieda Maria Abreu Marques; secretário-geral – José Domingos Pereira Ramos Silva; secretário – Helder Sousa Gonçalves; tesoureira-geral, Silvania Chaves de Sousa; tesoureira – Risonete Mota de Sousa; e vogais -Manoel Moreira da Silva, Redson Aguiar dos Santos e Joverlando Moraes Alves. O líder do partido na Câmara Municipal é o vereador Zacarias Marques.

Além dos filiados e simpatizantes do Progressistas, se fizeram presentes também: o vice-presidente da Executiva Estadual, Maurício Mororó; o secretário de Obras de Parauapebas, Wanterlor Bandeira; a vereadora Joelma Leite; o vereador Marcelo Parceirinho; o presidente do Democratas, Joelson Leite; o presidente do Cidadania, Fábio Sacramento; o presidente do PV, Joel Alves; e o ex-presidente do hoje Progressistas, Roque Dutra.

“A gente tinha feito a programação para a eleição com duas chapas, mas a outra não conseguiu se credenciar dentro do prazo hábil. Apesar do Estatuto do Progressistas prever que, nesse caso, poderíamos fazer o processo por aclamação, preferimos usar a votação com cédula de papel para manter a transparência do processo”, explicou Andréia Lima, presidente reeleita do Progressistas.

A convenção aconteceu no auditório da Câmara Municipal de Parauapebas, sob protestos da ala insatisfeita do partido, mas cumpriu seu objetivo principal: a eleição para escolha do Diretório Municipal, com o preenchimento dos cargos de delegados à Convenção Estadual e Comissão Executiva do Partido e Conselhos Fiscal, Consultivo e de Ética e presidentes dos Movimentos da Juventude, das Mulheres, e Afrodescendentes.

O momento foi também de recepcionar novas filiações cujas fichas foram abonadas por Beto Salame. Entre os novos filiados está o vereador Zacarias Marques, que pretende disputar pela legenda a reeleição em 2020. Ele já havia pertencido aos quadros do Progressistas e migrado para o PSDB, de onde foi expulso no ano passado por não ter apoiado o candidato do partido para as eleições ao Governo do Estado. Desde então estava sem partido.

“O estado democrático de direito nos oportuniza esse momento em que acontecem as convenções municipais. Me sinto feliz em estar de volta a essa legenda, onde fiz parte de minha história política e para onde retorno para fortalecer o crescimento com a criação de uma unidade e assim poder pensar nos destinos de Parauapebas”, avaliou Zacarias.

Na opinião de Adelson Fernandes, agora ex-secretário do partido em Parauapebas, o que acontece neste momento é o “rolo compressor” por parte da máquina pública, que a “todo custo tentou comprar o partido através de propostas”. “Agora, por último, está usando da força da máquina como dinheiro público para poder se manter no poder”, resumiu Adelson Fernandes, em seu pronunciamento, na tribuna.

Apaziguador, o presidente da Executiva Estadual, Beto Salame, fez um discurso chamando a todos para a unidade com o objetivo de construir o fortalecimento da legenda que pretende, segundo ele, ampliar o número de vereadores, prefeitos e vice-prefeitos.

“Mesmo havendo essa disputa, essa convenção fortalece ainda mais nosso partido, vindo a aumentar o número de filiados, oportunizando um debate franco de ideias, o que demonstra que o Progressistas é um partido democrático com espaço para novas lideranças”, resumiu Beto Salame, deixando claro que o Progressistas não é um partido comandado para uma pessoa, mas pelas lideranças que há em cada município.

Quanto às manifestações ocorridas antes e durante a convenção, Beto Salame avalia como normais, já que existe, naturalmente, mais de um grupo que pretendia concorrer ao comando do diretório.

Intervenção judicial

Antes do encerramento da votação, a pedido da ala insatisfeita do partido, a Justiça mandou comunicar que havia acatado a denúncia apresentada, ficando assim, sub judice, a eleição até que seja ouvida a outra parte, respeitando assim o direito ao contraditório. Em resumo, a eleição, após corrido o trâmite judicial relativo à denúncia, pode ser mantida ou anulada.