Sindicato dos Bancários aponta 26 assaltos a bancos no Pará de janeiro até agora

Apenas na região sul/sudeste do Pará foram sete explosões de agências bancárias, como a de Bom Jesus do Tocantins

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Por volta do meio dia de ontem, quarta-feira, 10, a dirigente da Subsede do Sindicato dos Bancários do Pará e funcionária do Banpará, Heidiany Moreno, chegou até a agência assaltada em Bom Jesus do Tocantins para verificar de perto a situação e dialogar com os bancários. Segundo ela informou agora à tarde à Reportagem do blog, o bando, entre 8 a 10 pessoas, rendeu e fez o vigilante da unidade de refém, o qual foi libertado na fuga dos assaltantes. Eles explodiram 3 caixas eletrônicos (deixaram um intacto) e levaram dinheiro dos mesmos. O grupo ainda tentou explodir o cofre da tesouraria, mas a tentativa foi frustrada.

Essa foi a 26ª ocorrência registrada pelo Sindicato dos Bancários em 2018, sendo 19 assaltos consumados e 7 tentativas. Em 2017, nesse mesmo período de 1º de janeiro a 10 de julho, o sindicato registrou 23 ocorrências, sendo 13 assaltos consumados e 10 tentativas. Os dados apontam um crescimento de, aproximadamente, 9% nos números de assaltos a bancos no Pará.

Segundo Heidiany Moreno, apenas no sul e sudeste do Pará ocorreram sete explosões de agências bancárias de janeiro até ontem. “Há uma semana explodiram o Banpará de Canaã dos Carajás e há mês haviam feito o mesmo em Abel Figueiredo”, lamenta.

Ela destaca que os novos cofres das tesourarias dos bancos são inteligentes. Com impacto, travam. Com novo impacto, dilaceram e soltam tinta para manchar as notas, que perdem valor. “Conseguiram sucesso apenas no autoatendimento. Destruíram três e um ficou intacto. Não houve segundo impacto no cofre da tesouraria”, revela.

Ainda de acordo com Heidiany, não dá para saber quanto em dinheiro foi levado pelos bandidos porque os bancários são proibidos de acompanhar a perícia, que é feita pela Polícia Federal.

Na avaliação de Heidiany Moreno, esses assaltos em bancos de cidades pequenas só ocorrerem por falta de segurança e os bancários acabam sofrendo também, porque são transferidos de cidade em que estão estabilizados até que a agência em que trabalhavam volte a funcionar. Ela citou exemplos do que ocorre frequentemente em municípios como São Geraldo do Araguaia, São Domingos e Abel Figueiredo, onde o quadro policial é pequeno. “Infelizmente quem perde é a população. No caso do Banpará de Bom Jesus, ele era responsável pelo pagamento de parte da Folha da Prefeitura. Agora, as pessoas terão de se deslocar até Marabá para receber”, informa.

Ulisses Pompeu – de Marabá