Senador Zequinha Marinho participa de mais uma rodada de discussões para implantação do CDR/PA

O Centro de Desenvolvimento Regional (CDR) é um projeto que visa promover a discussão e a implantação de agendas de desenvolvimento que possam estimular a economia da região e fomentar a geração de emprego e renda

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Brasília – O senador Zequinha Marinho (PSC-PA) participou, nesta terça-feira (7), de mais uma rodada de discussões para a implantação do Centro de Desenvolvimento Regional (CDR). O projeto visa promover a discussão e implantação de agendas de desenvolvimento que possam estimular a economia da região e fomentar a geração de emprego e renda, um dos pilares do desenvolvimento regional.

A interação entre os atores ocorre por meio de processos participativos, como oficinas, fórum de debates e no decorrer da aplicação do projeto de pesquisa. No Brasil, o projeto é coordenado pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), organização social qualificada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). Atualmente, cinco projetos pilotos estão em execução: Campina Grande (PB), Bagé (RS), Itapeva (SP), Brasília (DF) e Triângulo Mineiro (em fase de implantação).

No encontro, o senador destacou o papel dos centros para impulsionar o desenvolvimento local. “Os CDRs identificam as vocações locais, os produtos e atividades econômicas com potencial de gerar mais riquezas, aumentando a renda e os empregos na região, além de fortalecer a área de Pesquisa e Desenvolvimento,” comentou.

Por meio da 1ª Oficina de Implementação do CDR-Pará, representantes do setor produtivo, membros da academia e autoridades políticas darão os primeiros passos para a consolidação do modelo que tem dado certo em várias regiões do Brasil.

O coordenador do CDR-Pará, José Seixas Lourenço, acredita que esse trabalho foi criado para consolidar a estrutura voltada para bioeconomia local. “O foco das ações estará voltado ao fomento e consolidação da bioeconomia e dos bionegócios, com atenção centrada em propostas que, principalmente, estarão pautadas na geração de novos produtos extraídos da biodiversidade regional,” ressaltou.

Paulo Barone, docente da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e assessor parlamentar no Senado Federal, explicou que o programa tem uma coordenação nacional, em Brasília, que conta com o CGEE, Ministérios, Câmara dos Deputados e a Comissão do Desenvolvimento Regional do Senado: “Essa comissão recebe recursos, via CGEE, que é a organização social do orçamento federal, e esses recursos servem para manter a estrutura mínima do CDR e cada um dos projetos”.

Os trabalhos dos CDRs implantados são de articulação entre os atores locais dos setores público, produtivo e acadêmico, a fim de que possam ser desenvolvidos e implantados projetos de pesquisas produzidos nas Instituições de Ensino Superior (IES), Ciência, Tecnologia e Inovação (ICT&I), por professores, pesquisadores e estudantes, voltados à promoção do desenvolvimento socioeconômico da região do CDR.

Grupo de trabalho

Num primeiro encontro, o Senador Zequinha Marinho comentou a importância da iniciativa, destacando que é o começo de um projeto abrangente que busca a integração no estado do Pará, a partir de um CDR paraense.

“A minha expectativa com essa reunião – principalmente com a presença do Professor Paulo Barone, e com a boa vontade e conhecimento do Professor Seixas Lourenço, e dos órgãos aqui representados, Instituto Federal da Amazônia, Embrapa e de outras universidades – que a gente possa dar o ponta pé inicial hoje para a comissão, para que a gente possa depois ir desdobrando o calendário de trabalho e de reuniões, de aprimoramento desse modelo que a gente precisa adotar aqui no Pará,” explicou o senador.

O Presidente do CGEE, Marcio Miranda, que participou da reunião por videoconferência, explicou a essência do CDR: “A metodologia do CDR precisa de um engajamento de quem está atuando no território. Conversar com prefeitos, com lideranças políticas, empresariais, trazer a academia para perto dessa conversa, é quando o nosso trabalho, assim como o da Organização Social BioTec-Amazônia, ajuda muito”. E acrescentou: “A BioTec é uma articuladora do trabalho em Belém. Reuniões precisam ser realizadas, projetos precisam ser discutidos, os documentos de gestão da BioTec falam exatamente disso. Em alguns trechos parece até que a gente antecipava o papel da BioTec no desenvolvimento regional”.

Miranda também ressaltou a finalidade de um CDR enquanto espaço de discussão e articulação entre diversos entes. “Ouvir os empresários, ouvir os prefeitos, ouvir as lideranças políticas é indispensável para o sucesso do CDR. O CDR não é um exercício puramente acadêmico. É um exercício de desenvolvimento. Então as agendas, necessariamente, precisam da articulação da academia, do setor empresarial, da governança política, mesmo estando em transição nesse momento em nosso país,” reforçou.

Foi ressaltada, ainda, a importância da BioTec nesse processo: “Da nossa parte, sobre o CDR, deve ter uma relação contratual que permita que a agenda seja integrada. A gente especificamente contrataria a BioTec-Amazônia, com um termo de referência, como a gente fez em outros estados do Brasil, para que a BioTec caminhe junto as lideranças políticas, empresariais e acadêmicas. Aquilo que mais lá na frente vai dar origem a uma carteira de projetos e convênios, ligados diretamente com o desenvolvimento local,” concluiu o presidente do CGEE.

O Senador Zequinha reforçou o apoio ao projeto que está em desenvolvimento: “Nós estamos aqui para somar e fazer essa articulação para que juntos possamos avançar com o CDR aqui da Região Norte, a partir de Belém do Pará”.

O Diretor Presidente da BioTec convidou Regina Maria Silverio, Diretora do CGEE, que teve participação na videoconferência, para estar presente junto à equipe da BioTec e ajudar no detalhamento do projeto. Zequinha Marinho também foi convidado a participar da próxima reunião do Conselho de Administração, tendo em vista o projeto CDR como parte das ações do plano de trabalho da BioTec para 2020.

Fonte: Com informações da ASCOM BioTec-Amazônia
Por Val-André Mutran – de Brasília