Royalties de junho ficam na casa de R$ 30 milhões em Parauapebas e Canaã

Valor é o menor em Canaã desde março e o mais baixo em Parauapebas desde julho do ano passado. Queda, contudo, é pontual e se deveu às águas de março, que derrubaram produção.

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Até o meio de junho, pelo menos R$ 37,5 milhões devem reforçar o caixa da Prefeitura de Parauapebas e R$ 30,64 milhões vão alimentar as necessidades financeiras do governo de Canaã dos Carajás. São os famosos royalties de mineração percebidos pelas administrações dos municípios mineradores do país.

O Blog do Zé Dudu fez com exclusividade o cálculo de quanto as prefeituras paraenses vão faturar este mês com a famosa Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem) e constatou que 47 delas terão direito a rachar um pacote de R$ 87,82 milhões. A Agência Nacional de Mineração (ANM), que faz o rateio das cotas da Cfem, ainda não publicou os valores em seu portal, o que só deve ocorrer no início da semana que vem.

Para Canaã e, principalmente, Parauapebas, o valor caiu um pouco em relação à frequência com que vinham se alimentando desse recurso. Em Canaã, este ano, o único valor abaixo de R$ 30,64 milhões foi recebido em março (R$ 29,36 milhões). Já em Parauapebas esse é o menor montante dos últimos 11 meses. Nada preocupante, entretanto. Os royalties vieram mais franzinos porque em março, em decorrência das fortes chuvas que caíram no sudeste do Pará, a produção de minério de ferro despencou. A compensação recebida agora em junho pelas prefeituras é derivada da lavra mineral realizada em março.

Além dos gigantes do minério de ferro, serão ainda mais milionários em junho os municípios de Marabá (R$ 7,13 milhões), Itaituba (R$ 3,19 milhões), Paragominas (R$ 3,12 milhões), Oriximiná (R$ 2,32 milhões) e Juruti (R$ 1,61 milhão). Curionópolis, que já chegou a ser o 4º maior receptáculo de Cfem no Pará, respira por aparelhos depois que a mina de Serra Leste, da Vale, foi paralisada por não poder expandir a capacidade nominal de produção. Em junho, o município vai receber apenas R$ 70 mil, nada comparado com os R$ 6,7 milhões do mesmo mês de 2019. A expectativa é de que, quando a Serra Leste retornar às atividades com capacidade plena, os royalties mensais beirem os R$ 5 milhões por mês.

Ranking nacional

O Blog do Zé Dudu fez o ranking das 15 prefeituras brasileiras que mais vão receber royalties de mineração este mês, e as paraenses estão no topo. Minas Gerais, segundo maior produtor mineral, verá 360 municípios ratearem R$ 84,1 milhões, mas o estado perdeu o pódio para o Pará e, também, a contribuição de localidades que mais geram Cfem.

No grupo das 15, quatro são paraenses e 11, mineiras.

1º Parauapebas (PA): R$ 37.503.468,51

2º Canaã dos Carajás (PA): R$ 30.638.982,62

3º Conceição do Mato Dentro (MG): R$ 18.119.092,89

4º Itabirito (MG): R$ 9.261.825,33

5º Itabira (MG): R$ 7.278.102,56

6º Marabá (PA): R$ 7.129.777,24

7º Belo Vale (MG): R$ 5.356.153,62

8º Itatiaiuçu (MG): R$ 4.783.975,21

9º Mariana (MG): R$ 4.512.167,47

10º Nova Lima (MG): R$ 4.429.006,94

11º Congonhas (MG): R$ 4.100.260,16

12º Paracatu (MG): R$ 3.838.626,91

13º Brumadinho (MG): R$ 3.260.433,26

14º Itaituba (PA): R$ 3.193.405,54

15º São Gonçalo do Rio Abaixo (MG): R$ 3.167.009,45