Promotor afirma em coletiva que haverá desdobramentos em relação às operações do Gaeco realizadas em Parauapebas

Continua depois da publicidade

Helio Rubens Pinho, Promotor de Justiça do Ministério Público de Parauapebas, concedeu entrevista coletiva para esclarecer dúvidas em relação às operações “Teia de Penélope” e “Icarus” deflagadas hoje em Parauapebas.

Em síntese, Helio Rubens informou que:

  1. o empresário Hamilton Silva Ribeiro foi preso sob a acusação conspiração para obter vantagens junto ao legislativo local via pagamento em dinheiro;
  2. a diferença entre as atitudes em relação ao vereador Maridé e os outros que também aparecem recebendo dinheiro no vídeo é que Maridé, além de receber o dinheiro, faz comentários e dá conselhos a Pedro Ribeiro sobre como agir com outros membros do parlamentos, fato que, para o MPPA, caracterizou um envolvimento maior de Maridé em relação aos outros, o que motivou o seu pedido de afastamento;
  3.  que a liminar que afastou Maridé tem relação apenas com o atual mandato, não recaindo sobre a gestão 2017/2020 para o qual o vereador foi reeleito. O MPPA, após as investigações estudará se solicitará a renovação da liminar para que ela se estenda para esse novo mandato, impedindo que Maridé assuma em janeiro;
  4. cerca de 30 membros do MP participaram as duas operações;
  5. que Hamilton Ribeiro será encaminhado para o presídio em Belém;
  6. que em Parauapebas a operação Icarus se concentrou basicamente na Secretaria de Saúde do município, mas que houve apreensão de documentos na sede da Integral, pois há a suspeita de que a empresa do prefeito teria recebido gás destinado à Semsa;
  7. que Pedro Ordeiro Ribeiro não foi encontrado, mas que as diligências com o intuito de prendê-lo continuarão;
  8. que os vereadores Braz, Maridé e Bruno Soares já foram ouvidos pelo MPPA logo que os vídeos foram divulgados, e que hoje o vereador Charles Borges também foi ouvido.
  9. que serão colhidos depoimentos de Hamilton Ribeiro e outros envolvidos no pagamento a vereadores e que após a análise desses depoimentos outras ações do MPPA poderão ocorrer em Parauapebas para que o estado democrático de direito não seja quebrado.