Presidente do Parauapebas Futebol Clube, João Luiz, pede auxílio financeiro junto a CBF

Além do PFC, mais 16 clubes da 2ª divisão do estadual, assinaram a carta conjunta

Continua depois da publicidade

Com o futebol paralisado devido a pandemia do novo coronavírus, os clubes estão sofrendo sem receita financeira para se manter durante a temporada de 2020. Tentando achar uma solução emergencial para amenizar a crise, 210 times que estão na 2ª divisão de campeonatos estaduais pelo Brasil, se uniram e pediram um suporte financeiro junto a Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Através de uma carta conjunta, os clubes de futebol profissional, estão pedindo um valor de R$ 100 mil para cada agremiação, e ainda que a CBF leve pleito ao Governo Federal para um auxílio emergencial para os atletas das equipes, além da isenção de taxas para as Federações Estaduais. A carta foi endereçada ao presidente da CBF, Rogério Caboclo, que recebeu no dia 27 de abril e vai analisar a situação das equipes.

Ao todo, 22 estados, totalizando 210 times, assinaram a carta pedindo o valor. No Pará, o Parauapebas Futebol Clube (PFC), do sudeste do estado, foi um dos clubes que pediram o auxílio junto a CBF. O Gigante de Aço pretende disputar a Segundinha do Parazão desta temporada, caso a Federação Paraense de Futebol (FPF), estabeleça um calendário para a competição. Além do PFC, outras 16 equipes assinaram o documento como: Cametá, Desportiva Paraense, Gavião Kyikatejê, Izabelense, Paraense Sport, Pedreira, Pinheirense, Santa Rosa, São Francisco, São Raimundo, Sport Belém, Tiradentes, Tuna Luso, União Paraense, Vênus e Vila Rica.

“Na realidade nós fizemos, no caso os clubes da segunda divisão, uma carta conjunta e viemos a CBF pedir apoio, porque senão é falência total, ninguém consegue fazer nada. Nós somos filiados a Federação Paraense, e somos filiados a CBF, então nós somos uma cria deles também, de certa forma todo ano a gente pago imposto para as duas federações, para a CBF e Federação Paraense. A gente está pedindo apoio para ajudar a nós, porque é muita despesa sem lucro nenhum, sem retorno. Esperamos que seja uma resposta satisfatória da CBF, porque é a entidade que tem que dar apoio aos seus filiados. Estamos aguardando,” afirmou João Luiz, popularmente conhecido como Uai, presidente do Parauapebas Futebol Clube.

Os dirigentes dos clubes da 2ª divisão dos campeonatos estaduais, afirmam na carta conjunta que também pagam taxas, e que estão em situações mais precárias do que os clubes da Série C e Série D do Brasileirão, ajudados pela CBF. Cinco equipes do futebol paraense receberam auxílio: Clube do Remo e Paysandu Sport Club, que estão na Série C, pegaram um valor de R$ 200 mil reais cada um. Bragantino e Independente, que vão disputar a Série D, receberam 120 mil cada. Já a Esmac que disputa o Campeonato Brasileiro Feminino da Série A2, recebeu um valor de R$ 50 mil. A Federação Paraense de Futebol, também recebeu uma quantia de 120 mil.

“Que seja estendido para os clubes das segundas divisões dos estaduais, devidamente inscritos e ativos junto a suas federações, o AUXÍLIO FINANCEIRO concedido pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), sendo para estes clubes um aporte no valor de R$ 100 mil (cem mil reais), para atender a situação de emergência pela qual passam nossos atletas, funcionários, comissão técnica e seus familiares, como também fazer face às despesas atinentes aos contratos em vigência, evitando que venhamos declarar falência e encerrar as atividades em consequência da inadimplência e das respectivas causas trabalhistas, já que atualmente restam inviabilizados os pagamentos aqui apresentados,” trecho da carta dos clubes para a CBF.

Por Fábio Relvas