Prefeituras do Pará vão torrar quase R$ 65 milhões nesta quarta; veja como

No carrinho de compras tem de tudo: de merenda a medicamentos; de combustíveis a veículo zero; e de dentaduras a funerais. Gastos variam de R$ 100 mil em Castanhal a R$ 14 milhões em Cametá. Mas as cidades do Pará não se desenvolvem nem com licitação de “reza braba”.

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A julgar pelo volume de recursos que 18 prefeituras de todas as regiões paraenses estão dispostas a estourar hoje, quarta-feira (19), seria possível supor que está tudo na mais perfeita ordem nos municípios do estado. Mas a realidade é outra, dura e cruel, já que as cidades do Pará, a cada pesquisa nacional que vem à tona, desfila sempre como as piores do Brasil, o que já nem parece mais abalar as autoridades competentes locais tamanhas a frequência e a inércia com que as mazelas municipais são expostas.

Grosso modo, a única coisa que falta licitar nos municípios por seus gestores é o fornecimento de serviços de “reza braba”, para ver se as cidades paraenses avançam, já que são consideradas pocilgas urbanas em quesitos como, por exemplo, saneamento básico. Prefeitos e demais ordenadores de despesas empenham-se em liquidar tanto dinheiro público que nem se dão conta de que os resultados efetivos não chegam à população a contento. E já perderam até a vergonha pela exposição nacional.

O Blog do Zé Dudu mapeou a abertura de propostas comerciais em nada menos que 25 licitações que terão desfecho nesta quarta, totalizando R$ 64.205.430,89. Mais da metade desse valor está concentrada em apenas três aquisições bancadas pelos governos de Cametá, Belém e Capitão Poço. Merenda e combustíveis lideram os pedidos.