Preço do feijão dispara em Marabá e vira vilão da inflação em janeiro

Alimentação e artigo de residência tiveram queda nos preços e ajudaram a manter inflação média em 0,22%

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Feijão, quem diria, voltou a subir neste período de inverno em Marabá e transformou-se no vilão no primeiro mês de 2019, que começou com falta de chuvas nas regiões produtoras do feijão carioca, no Sudeste do país, e, com a seca, a safra do produto foi prejudicada, com a produção abaixo do esperado. O resultado é a elevação do preço, que chega ao dobro do valor nos supermercados da cidade.

Está sendo vendido até a R$ 9,40 o quilo. A solução pode ser ir à feira e comprar o feijão regional, que também subiu, mas ainda está bem abaixo do que chega de outras regiões do Brasil.

A Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Face/Unifesspa) em parceria com a Fundação Amazônica de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa) divulgaram esta semana, por meio do Laboratório de Inflação e Custo de Vida de Marabá (Lainc/MBA), o Índice de Preços ao Consumidor das famílias com rendimentos entre 1 a 5 salários mínimos da cidade de Marabá (IPC/Marabá).

O ano de 2019 iniciou com uma inflação de 0,22 pontos percentuais para o mês de janeiro. Este resultado foi influenciado pelo aumento nos preços dos alimentos, com destaque para o item feijão carioca (44,32%) o grande vilão do mês. Para o mesmo período do ano de 2018, a inflação registrada foi maior, sendo ela de 0,32%, ou seja, 0,10 pontos percentuais a mais em termos comparativos.

Os grupos que tiveram contribuição positiva no IPC deste mês foram: alimentação (0,79%), artigo de residência (0,17%), vestuário (0,02%) e educação (0,05%). E os que contiveram a inflação foram: transporte (-036%), habitação (-016%), despesas pessoais (0,19%), saúde e cuidados pessoais (-0,08%) e comunicação (-0,03%).

No IPC por grupo, aqueles que tiveram maior inflação foram: educação (3,10%), artigos de residência (2,91%) e alimentação e bebidas (1,83%). Por outro lado, os grupos de transporte (-4,17%), despesas pessoais (-3,54%) e comunicação (-1,36%) tiveram uma maior deflação.

Para o Lainc, o primeiro passo para economizar e sair do vermelho é saber exatamente quais são os ganhos e os gastos mensais. Conhecer seus próprios gastos é uma maneira eficaz de saber em que pode economizar, quais despesas pode reduzir sem perder muito o conforto e como pagar suas dívidas mais rapidamente.

Ulisses Pompeu – com informações do LAINC da Unifesspa