Polícias Civil e Militar prendem em Parauapebas “chefe regional” do PCC

Na cadeia, ele vai se juntar ao irmão, preso na segunda-feira quanto atendia uma fila de dependentes químicos na casa dele, uma boca de fumo no Bairro Ipiranga II

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Policiais civis e PMs do Grupo Tático Operacional (GTO) prenderam na noite de ontem, terça-feira (21), nas dependências do Hospital Geral de Parauapebas, Adriano Moraes dos Santos, tido como “chefe regional” do grupo criminoso PCC (Primeiro Comando da Capital). Ele é acusado de ter mandado matar um pedreiro vizinho do irmão dele, Aderlan Moraes dos Santos, preso em flagrante ne segunda-feira (20), vendendo maconha, crack e cocaína a um grupo de dependentes químicos, na frente da casa em que morava, na área de invasão do Bairro Ipiranga II, fato noticiado por este Blog.

Acometido de ira pela prisão do irmão, que em depoimento admitiu ser traficante, Adriano, também conhecido no submundo como “Perna”, passou a investigar para descobrir quem havia denunciado Aderlan para a polícia, ouvindo do próprio irmão traficante que este desconfiava de um pedreiro que mora em uma casa em frente ao barraco em que foi preso, ordenando que Adriano matasse o trabalhador, cujo nome não será divulgado por questão de segurança.

Na noite de ontem, o pedreiro recebeu a visita indesejada de uma dupla de marginais, que apertaram o gatilho contra ele. Porém, para felicidade do homem, a arma não disparou e os bandidos fugiram sem completar o “serviço”. Na manhã de ontem, o trabalhador procurou a 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil para denunciar a tentativa de homicídio contra ele.    

Polícia Civil e Polícia Militar estiveram no local do atentado e nas imediações e descobriram que o mandante da execução foi Adriano, por ordem de Aderlan, de dentro da cadeia. Informados de que o suspeito havia sofrido acidente de moto e fraturado uma perna, os agentes da lei se dirigiram ao hospital público, onde deram voz de prisão a Adriano, após este ter sido atendido. Ele terá de passar por cirurgia e deve ficar internado por mais alguns dias, mas, agora, algemando ao leito e com dois policiais na cabeceira.

(Caetano Silva)