Plebiscito antecipa campanha de 2014 no Pará

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A campanha sobre a divisão do Pará em dois novos Estados colocou no centro do debate a gestão do governador Simão Jatene (PSDB) e antecipou a sucessão estadual de 2014. O grupo a favor da criação dos Estados de Carajás e Tapajós vinculou os problemas históricos do Estado à administração atual e atacou o PSDB e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Jatene, que a princípio se disse neutro, engajou-se na campanha contra a divisão. O governador foi atacado e, em seu direito de resposta, usou os programas eleitorais do plebiscito para fazer o balanço do primeiro ano de mandato no rádio e na televisão. As frentes favoráveis à divisão do Estado atacaram o governador. “Um dos grandes responsáveis pela pobreza do Pará se chama Simão Jatene”, diz a apresentadora do programa a favor da criação dos Estados. Na propaganda, populares deram depoimentos. “O governo é todo pilantra. Não está nem aí para os pobres”, declara uma entrevistada.

As críticas foram concentradas na Lei Kandir, aprovada na gestão Fernando Henrique Cardoso, “amigo íntimo e colega de partido de Jatene”, como descreve a propaganda. A lei acabou com a cobrança do ICMS na exportação de produtos primários e prejudicou o Pará, Estado exportador de minérios. “Ele [o governador] podia ter interferido, falado com FH, brigado e lutado pelo Pará, mas lavou as mãos como Pilatos. Cruzou os braços e abandonou seu povo, deixando que levassem embora nossa riqueza, ficando para nós só a pobreza”, reforçou a propaganda do marqueteiro Duda Mendonça.

A propaganda desgastou o governador, que exigiu direito de resposta por ser vinculado à lei criada na gestão de FHC. Na televisão, disse que tem lutado para buscar compensações à Lei Kandir e listou ações de seu governo no interior do Estado. Com receio de mais desgaste político, Jatene anunciou a criação de uma taxa para produção mineral. O projeto foi enviado à Assembleia Legislativa durante o período de propaganda eleitoral sobre o plebiscito.

O presidente da Frente Pró-Criação de Carajás, deputado estadual João Salame (PPS), diz que os ataques ao governador Jatene começaram porque ele definiu sua posição. “Jatene assumiu uma posição e, dessa forma, está sujeito às bordoadas. Faz parte de qualquer processo eleitoral”, comenta Salame. “Sou aliado do governo, mas defendo um sonho, assim como milhares de pessoas que querem a separação”, diz.

Dirigentes separatistas assumiram discursos de candidatos de oposição a Jatene. “Nossas prioridades são saúde, educação e infraestrutura, com o recapeamento das estradas esburacadas”, declara Salame ao Valor. “Hoje o Estado tem o pior salário de bombeiro e delegado e não paga o piso nacional dos professores. Temos os piores índices na área de Educação”, diz.

A campanha contra a divisão, apoiada por Jatene, apelou para o discurso emocional e, com receio da insatisfação popular pós-plebiscito, apelou para que não houvesse briga “de irmão contra irmão”.

“O Pará nunca mais será igual”, acredita o deputado federal Lira Maia (DEM), presidente da Frente Pró-Criação de Tapajós. “O interior está mostrando nesse plebiscito que não é submisso”, diz.

A prefeita de Santarém, Maria do Carmo Martins Lima (PT), reforça que o Estado “não será o mesmo” depois do plebiscito. “Se perdermos, entraremos com novo projeto de lei pedindo a divisão no dia seguinte ao plebiscito”, comenta. Santarém é a capital prevista para Tapajós.

Na tentativa de conseguir aprovar a divisão do Pará no plebiscito de domingo e separar-se do Estado, a região de Tapajós tenta diferenciar-se do modelo exploratório de desenvolvimento de Carajás.

Políticos e moradores de Santarém e dos outros 26 municípios que poderão formar o Estado de Tapajós defendem a preservação da floresta nativa que ainda ocupa a maior parte do território. Nos discursos, dizem que Tapajós é diferente de Carajás, que abriga muitos migrantes atraídos para aquela região para explorar recursos minerais, desmatar florestas e trabalhar na pecuária extensiva. Além disso, argumentam que o pedido de separação é uma luta histórica e não é por pressão de um grupo econômico, como em Carajás. “Queremos ser um Estado verde e receber recursos por ser uma área de preservação”, diz a prefeita.

A região onde poderá ser criado Carajás baseia sua economia nos minérios. Lá estão a maior reserva de ferro do mundo e os principais investimentos da Vale. O território concentra os maiores latifúndios pecuaristas da Amazônia e parte da floresta foi transformada em pasto. Quase metade da área florestal (42,9%) já foi desmatada. Segundo o Ibama, a madeira extraída ilegalmente alimenta as siderúrgicas locais. A área é marcada por conflitos no campo e Marabá, prevista para ser a capital do novo Estado, é a quarta cidade mais violenta do país.

O coordenador estadual da Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura (Fetraf), Francisco Carvalho, acredita que o governador terá dificuldades políticas nas regiões separatistas. “Podemos até não ganhar, mas o Pará nunca mais será o mesmo. Na hora em que o político de Belém quiser pedir votos aqui, vai ter dificuldade”, diz. Líder local, reclama que as regiões Sul e Sudeste do Pará, onde ficaria Carajás, não consegue eleger governador, vice governador nem senador. “E dos 17 deputados federais, temos apenas seis das regiões de Carajás e Tapajós”, comenta.

O desgaste do governador é simbolizado pela aproximação entre ruralistas e trabalhadores em Marabá, cidade símbolo da violência no campo. No município, a Fetraf, uma das principais organizações populares do Pará, engajou-se na campanha pela divisão e articulou-se com representantes do agronegócio.

O coordenador da Fetraf, Francisco Carvalho, explica a aproximação. “Temos que conversar com todo mundo. Não é luta política. É uma responsabilidade de todos nós”, afirma. A federação fez mutirões em assentamentos para transferir títulos de eleitores. Os trabalhadores rurais acreditam que a divisão do Estado facilitará a governança e aproximará a população do poder público, facilitando a pressão. “Diminuindo o tamanho da casa fica mais fácil cuidar dela”, afirma o agricultor Valderino Viana, de 47 anos, que transferiu o domicílio eleitoral no mutirão. Para o agricultor Izaias Melo, do assentamento Belo Vale, “não há nada a perder” com a divisão. “

No comando das campanhas separatistas estão políticos e empresários ligados ao agronegócio. Autor do projeto de lei que propôs em 1992 a criação de Carajás, o deputado Giovanni Queiroz (PDT) é um dos diretores da Frente Parlamentar da Agropecuária. O presidente da frente pró-Tapajós, deputado federal Lira Maia (DEM) seu é presidente.

No Pará, a Fetraf divide o comando dos trabalhadores rurais com a Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri). O MST não é tão influente quanto as federações no Estado, mas é articulado nos assentamentos. Tanto a Fetagri quanto o MST fazem ressalvas à aproximação aos ruralistas, apesar de apoiarem a divisão do Pará.

Para Rudá Galileu, assessor e militante da Fetagri, essa aproximação não garante que os conflitos no campo vão diminuir. “Foi um ato impulsivo de sindicalistas. As pessoas estão sendo induzidas pelo emocional. Na campanha do plebiscito não está sendo discutido um projeto político, mas sim quem vai ficar com os minérios do Pará”, diz. Para Galileu, os conflitos agrários podem se intensificar. Em Parauapebas, cidade que concentra a exploração mineral pela Vale, o MST é influente, mas não conseguiu se articular durante a campanha. “Hoje quem está no poder é a oligarquia rural. A divisão do Estado vai trazer mais oportunidades para disputarmos espaço, mas a esquerda não conseguiu conduzir essa discussão”, diz Jorge Neri, do MST.

Para o advogado da Comissão Pastoral da Terra (CPT), José Batista Afonso, o Pará perdeu a oportunidade de debater seu modelo de desenvolvimento. Carajás concentra os investimentos da Vale, tem a maior mina de ferro do mundo e o maior rebanho de gado. Segundo a CPT, só no ano passado foram registrados 90.137 conflitos no campo, 16% de todo o país, e denúncias de 1.522 pessoas trabalhando em condições análogas às de escravidão. O conflito se agrava na região porque muitas fazendas ocupadas por assentamentos têm grandes reservas minerais, o que eleva o valor da propriedade.

Por Cristiane Agostine – Marabá –  para Valor Econômico

7 comentários em “Plebiscito antecipa campanha de 2014 no Pará

  1. Senna Responder

    A hora é de sacudir a poeira e levantar a cabeça. Sem essa de retaliação. Os que mamam, vão continuar mamando – os separatistas chorões daqui há pouco estarão todos junto ao governador…
    Quanto ao povão mesmo, é começar a se preparar para novos embates, já vem aí a eleição para prefeito e vereadores.
    Vamos-nos fortalecer, o nosso município só será forte se tiver um povo forte.
    Sobre a saúde – pela opção do goveno municipal não cabe reclamar do governo estadual, o município recebe a verba federal direto para investir nessa área.

  2. Afonso Cardoso Responder

    Sinceramente acredito que Carajás e Tapajós devam sim se separar do Pará, mas não agora, por isso votei não e não. Incoerência? Não, simplesmente pé no chão. Acompanhe meu raciocínio: apesar da reinvindicação ser histórica, ela nunca se materializou porque realmente ainda não chegou o momento. Quando será? por volta de 2050. Porquê? simplesmente porque os dois estados hoje seriam deficitários e como a Lei não permite mais que o Governo Federal banque novos estados como fez em Mato Grosso e Goiás, inviabiliza. O Brasil está em processo de desenvolvimento a olhos vistos, não é à toa que grandes shoppings e condomínios de luxo, assim com grandes redes de supermercados e farmácias fortes em Belém estão chegando em Marabá e Santarém. O desenvolvimento vai acelerar ainda mais com o fim da crise internacional (do Euro). Outra questão é: qual o critério usado para definir que municípios ficariam em cada estado? Isso não foi explicado em momento algum. Na verdade muita coisa ficou obscura. Eu, por exemplo, não concordo com Tucuruí em Carajás, tem que ficar no Pará. Acho que só isso eliminaria parte do discurso do Pará perder suas riquezas. Porque seria boa a divisão para o Pará remanescente? Toda a carga histórica do Estado ficaria; continuaria a ser o único estado representado na bandeira com a estrela acima da faixa ordem e progresso; as comidas típicas continuariam sendo do Pará (Carajás e Tapajós pareceriam ridículos usando a mesma comida como típica), o Pará ficaria com as únicas praias de mar (belíssimas por sinal) que o Estado tem; perderia automaticamente a pecha de estado desmatador e matador de trabalhadores rurais; o carimbó continuaria como a dança folclórica típica; o Marajó poderia se tornar o grande atrativo turístico do Estado junto com as praias e Belém, talvez ficasse melhor que o Ceará; poderia se transformar em uma das potências petrolíferas do país já que a Petrobrás já anunciou descoberta de petróleo em Salinas; seria um estado com grande número de mestres e doutores passando a ser um dos destaques nacionais e outras tantas vantagens (aliás, porque não usaram isso para nos convencer? incompetência ou falta de informação?. Bem, mas isso só acontecerá, como disse, por volta de 2050, já que projeções internacionais apontam que neste ano o Brasil se tornará um país rico. Está muito distante? não, está apenas para aqueles que pretendem ser Governadores, Senadores e Deputados dos novos estados, pois a população visa seus descendentes, filhos, netos e bisnetos, pelo menos é isso que desejo pros meus. Por tudo isso votei não e não. Em 2050 estarei com 85 anos e pode ter certeza que lá votarei sim e sim. Pelo menos Giovanni Queiroz e Lira Maia estarão bem velhinhos e não poderão querem a divisão só por interesses individuais. Se alguém ainda jovem ler minhas projeções, guarde de alguma maneira e verifique se se confirmará em 2050. Sou vidente? Claro que não, só tenho bom senso.

  3. De Marabá Responder

    Gleydson, atualmente em Marabá temos alguns nomes que querem candidatar-se a prefeito. São eles: o atual prefeito Maurino Magalhães com a máquina municipal nas mãos; Tião Miranda, ex-prefeito e atual deputado estadual, já declarado por Jatene como seu candidato e apoiado por todos de sua base; Ítalo Ipojucan, apadrinhado por Jader Barbalho e toda cúpula do PMDB local, incluindo aí os insatisfeitos; noticiado pelo blogue do Hiroshi, Jorge Bichara do PV e um candidato do PSOL que será definido em breve. Salame ainda não disse se sairá candidato. Se ele é da base do governador e o mesmo está apoiando incondicionalmente a Tião, como foi noticiado nos meios de comunicação de Marabá, acho que Salame dificilmente se candidata. Além disso ele teve poucos votos em Marabá na eleição de 2010 para deputado estadual. Cogitaram sua esposa, suplente de Senador, como candidata a vice de Tião, mas logo a conversa foi desmentida, quando ficou definido o nome que seria o vice de Tião, que é um medico de nome Anailton. João Salame está aproveitando bem os holofotes sobre ele com essa campanha da divisão do estado e como presidente da frente. Mas isso não significa dividendos eleitorais.

  4. Adir Castro Responder

    Na eleição de 2012 todos esses insastifeitos estarão bajulando a Simão Jatene, que atualmente é detentor da chave do cofre, para que ele os apoie em suas campanhas a prefeito. Todos são farinha do mesmo saco.

  5. Neide Responder

    Não tenho o hábito de postar artigos, mas este realmente me chamou a atenção, até porque não foi escrito por partidários do Sim e do Não. É uma leitura interessante, para quem tem a mente aberta.

    PARÁ E A DIVISÃO

    Neste domingo, dia 10 de Dezembro, os eleitores do Estado do Pará serão submetidos ao plebiscito para a divisão do Estado ou não.

    A criação de mais dois Estados movimentará os eleitores paraenses na busca de seus interesses sócios econômicos pelo desmembramento e, por conseguinte, fugirem do isolamento e do saque de seus recursos.

    O Estado do Pará só perde para o Estado do Amazonas em sua extensão territorial. São nada mais do que 1.247.950 km² divididos em 143 municípios o que se comparado ao Estado do Tocantins que tem apenas 277.620 km² e 139 municípios, quatro a menos que o Pará pode se falar que ele, sim, é um verdadeiro continente.

    Hoje o Pará tem 143 Municípios, muito deles com grandes extensões territoriais, milhares de dificuldades e carentes de tudo. Exemplos de Municípios do Sul do Pará e que alguns deles são riquíssimos na pecuária, mas, está a mais de 1.000 km da Capital e seu povo pena por saúde, estradas, educação, segurança e por que não dizer, aconchego e que buscam nos Estados vizinhos como Maranhão e Tocantins a solução de seus problemas.

    Outro dia estava eu no Posto de Saúde Norte da Capital Palmas – TO, quando chegou uma ambulância trazendo doentes da cidade de Parauapebas – PA, no que eu intrigado com aquela cena me dirigi ao motorista do veículo para indagá-lo do por que dessa viagem de tão longe para um tratamento de saúde, no que ele me respondeu que eram 12 ambulâncias do seu Município que faziam este percurso diariamente, sendo seis indo e seis voltando, por que lá não tinha atenção de saúde.

    Este é apenas um pequeno exemplo que pode ser citado como caso de abandono das autoridades.

    Assim era o Estado do Tocantins antes do seu desmembramento, onde além da BR-153 asfaltada pelo Governo Federal existiam apenas os pequenos trechos asfaltados pelo Governo de Goiás, a saber: BR-153 a Formoso do Araguaia, Fàtima à Porto Nacional, Pugmil à Pium, Miranorte à Miracema, Guaraí à Colmeia, Araguína à Aragominas e Aguiranópolis à Tocantinópolis, no mais era buraco e lama por onde se trafegava. E hoje como está o Tocantins?

    Enquanto isso os sulistas de Goiás falavam muito do Corredor da Miséria, região compreendida à margem direita do Rio Tocantins, o Bico do Papagaio e suas grilagens de terra, mas, gostavam dos Currais Eleitorais onde os políticos tinham seus coronéis com os votos encabrestados para as eleições.

    Este era o Tocantins que penava a luz de candeia e pouquíssimas cidades se serviam apenas da energia “choque de lanterna” da Usina Izamu Ykeda (Balsas Mineiro) na região Central, da Usina da Boa Esperânça, do Maranhão, que atendia poucas cidades do Norte do Estado e da de Cachoeira Dourada que atendia o sul do estado e mais precisamente às cidades localizadas às margens da BR-153. 80% das cidades conviviam com grupos geradores e falta de energia.

    Hoje o Tocantins vende energia das Usinas de Peixe/Angical, Luiz Eduardo Magalhães, Izamu Ykeda, Estreito e pequenas usinas do Sudeste do Estado.

    O Corredor da Miséria virou atração turística Internacional com o Parque do Jalapão, está povoado de indústrias de calcário na região Sudeste, tem o Projeto Manoel Alves exportando frutas e verduras para o Brasil, Projeto PRODECER, de Pedro Afonso, Projeto de Campos Lindos, ambos exportando soja para o Porto do Itaqui, no Maranhão e brevemente pela Ferrovia Norte/Sul, nascida e criada depois da divisão do Estado.

    A margem esquerda do Tocantins e no Vale do Araguaia tudo se modificou desde a manutenção do Projeto Formoso, Javaés, Lagoa da Confusão, Parque do Cantão e grandes agropecuárias foram instaladas na região.

    A BR-153 ficou povoada de cidades e se tornou uma grande Avenida de prosperidade.

    Palmas abriu as portas para o Brasil e o Mundo e através de toda sua infra-estrutura de acesso aéreo e rodoviário, hotelaria e comércio, saúde e educação e sua povoação explodiu e hoje passa dos 200.000 habitantes em apenas 20 anos.

    Hoje se contam nos dedos as cidades que não estão interligadas por asfalto neste Estado do Tocantins. Pontes aqui se contam em quilômetros não em unidades.

    Levar imagem da periferia de Palmas para tentar jogar contra os que querem a divisão do Pará, é babaquice.
    O Pará como o Amazonas, tem sim, que ser divididos. Só quem conheceu o Tocantins antes da sua criação sabe o quanto desenvolveu e só quem conhece o Oeste e o Sul do Pará, sabe das suas dificuldades.

    Sabe também das suas riquezas minerais, pecuária e extrativista, base de tudo para o sustento de Belém e adjacências.

    Por que o Pará norte não quer a divisão? Faça você mesmo a sua análise conforme o quadro abaixo.

    Como fica o PARÁ

    Área 218.776,40 km² o que representa 17% da área territorial
    Municípios 77
    População 4,8 milhões de habitantes – 64% da população atual
    Densidade demográfica 22,2 hab/km²
    PIB % 32,5 o que representa 56%
    PIB per capta R$ 6.461,00
    Indústria R$ 6,8 bilhões
    Serviços R$ 20,2 bilhões
    Saldo da balança comercial 2,4 bilhões

    Como fica o TAPAJÓS

    Área territorial 732.509,50 km² o que representa 59% da área territorial
    Municípios 27
    População 1,2 milhões de habitantes
    Densidade demográfica 1,6 hab/km²
    PIB R$ 6,4 bilhões – 11% do PIB
    PIB per capta R$ 4.960,00
    Indústria (US$)1,6 bilhões
    Serviços R$ 3,5 bilhões
    Saldo da balança comercial (US$) 0,6 bilhões

    Como fica o CARAJÁS

    Área territorial km² 296.664,10 – o que representa 24% da área territorial
    Municípios 39
    População 1,6 milhões de habitantes – 20,7 %
    Densidade demográfica 5,3 hab/km²
    PIB R$ 19,6 bilhões – 33,5%
    PIB per capta R$ 10.496,00
    Indústria R$ 10,8 bilhões
    Serviços R$ 6,2 bilhões
    Saldo da balança comercial (US$) 8,7 bilhões

    Esta é a famosa história da galinha dos ovos de ouro. Por que se desfazer dela?

    Assim pensam os que não querem a divisão de seus interesses.

    PSO. 10/12/12

    Por ADEMIR REGO, no site surgiu.com.br

  6. Clayton Santos Responder

    Estado da preservação?? KKKKKKKKK

    Essa foi duro de engolir Lira Maia. Por acaso Anapu e Altamira ficamem que região e apresentam os maiores indices de desmatamento.

  7. Gleydson Responder

    É verdade, o Salame conseguiu se lançar a prefeito de Marabá, e o Lira Maia garante a sua vaguinha em Brasília de novo.
    Mas uma coisa achei interessante no artigo: o pessoal de Tapajós agora está querendo se distanciar dos separatistas do sul e sudeste do estado, alegando mais legitimidade no seu pleito. Era de se esperar essa cisão quando a derrota se avizinha.

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