Pessoas com 20 a 29 anos são as mais acometidas com Hepatite B em Parauapebas

Em Parauapebas, do total de casos de hepatite B notificados de 2008 a 2018, 143 (64,41%) ocorreram entre as mulheres.

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A hepatite B é considerada uma infecção sexualmente transmissível (IST), pois pode ser transmitida de pessoa a pessoa por meio do contato com sêmen, saliva e secreções vaginais durante relação sexual desprotegida. Se apresenta em forma de irritação e inchaço do fígado devido à infecção pelo vírus da hepatite B (HBV). Conheça os sintomas e tratamento da hepatite B.

Em Parauapebas, do total de casos de hepatite B notificados de 2008 a 2018, 143 (64,41%) ocorreram entre as mulheres. Até o ano de 2015, indivíduos do sexo feminino tiveram mais casos que o masculino, entretanto, no ano seguinte vêm apresentando tendência de queda, chegando a apenas 12,5% (1/8) dos casos em mulheres para 87,5% (7/8) em homens.

Em relação à faixa etária é possível observar que as pessoas com 20 a 29 anos são as mais acometidas com o vírus B, sendo superada em 2013, 2015 e 2018 pela faixa etária de 30 a 39 anos.Observa-se que em 2018, a faixa etária dos adultos 30 a 39 anos apresenta a maior incidência com 50% (4/8) dos casos.

A faixa etária dos menores de 20 anos apresenta uma série histórica com baixo número de casos, fato que pode ser atribuído à incorporação da vacina da hepatite B no calendário nacional de imunização a partir de 1999.

A distribuição proporcional dos casos segundo raça/cor, em 2018, mostrou maior concentração entre as pessoas de raça/cor autodeclarada parda (87,5%), seguida da preta (12,5%). Observe-se, ainda, que as proporções das notificações entre pessoas de raça/cor branca autodeclarada, apresentou queda significativa a partir de 2015, chegando a zero casos em 2018 – . Gráfico 10 É importante ressaltar que o preenchimento da informação da raça/cor dos indivíduos notificados com o vírus da hepatite B tem sido totalmente aplicado no período analisado.

Quanto a informação sobre o nível de instrução dos indivíduos notificados com o vírus da hepatite B, observa-se que maioria dos casos acumulados ocorreu em pessoas que tinham o ensino fundamental incompleto (35,59%), em oposição aos indivíduos que declararam ensino superior incompleto, os quais apresentaram o menor percentual de casos (0,45%).

Ao verificar o motivo de tantas mulheres estarem sendo notificadas com hepatite B, percebeu-se que estas estavam sendo detectadas ao acaso durante as consultas de rotina no pré-natal, o que pode ser confirmado através dos dados epidemiológicos que mostram gestantes como as que representam grande parte dos casos. Do total de casos acumulados da série histórica, 41,44% (92/222) estavam gestantes, 37,84% (84/222) não se aplicam por serem homens ou crianças com menos de 10 anos, e 20,72% (46/222) não estavam gestantes.

Quanto à distribuição por bairro de residência, verifica-se que, do total de casos acumulados no período de 2008 a 2018, o bairro Da Paz é o que apresenta maior número com 21 casos registrados, seguido do bairro Betânia com 19 casos.

Quanto à provável fonte ou mecanismo de transmissão dos casos notificados, observou-se que a categoria tratamento dentário e uso de medicamentos injetáveis apresentaram maior número de casos dentre os acumulados com 47 e 45 casos, respectivamente. Logo em seguida, aparecem as vias de transmissão por tratamento cirúrgico com 34 casos, e por via sexual com 29 casos.