Parauapebas: Clima seco e queimadas colaboram para aumento de problemas respiratórios

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Queimadas preocupam em Parauapebas - Foto Bariloche Silva

O clima seco e a baixa umidade do ar contribuem para o avanço das queimadas urbanas e geram, dentre outras situações, o aumento de problemas respiratórios. Em algumas áreas da cidade, como em loteamentos, por exemplo, as queimadas já são visíveis e preocupam especialistas por causa dos danos que elas podem provocar à saúde.

20150724_165923O coordenador do Pronto Socorro do Hospital Municipal de Parauapebas, o médico João Felipe Borges observa que as queimadas favorecem o aumento das sinusites e rinites, quadros de asma e até pneumonias. “Por conta da fumaça e da diminuição da umidade do ar, as vias aéreas tendem a ficar mais secas e há casos em que o paciente também apresenta sangramento. Todas essas patologias podem aparecer por conta desse período e, por isso, faz-se necessária a prevenção”, alerta.

Alguns cuidados simples dentro de casa são fundamentais para enfrentar o clima seco e manter uma boa saúde. Receitas caseiras – como colocar uma bacia de água no quarto – podem deixar o ambiente mais úmido e melhorar a qualidade do ar. João Felipe recomenda que as janelas devem ser abertas durante a manhã, para que o ambiente possa ficar arejado, e fechadas à tarde, por causa da fumaça. “Para quem não possui umidificador de ar, uma toalha molhada na cabeceira da cama também ajuda”, sugere.

Sobre pacientes com quadro alérgico, o médico explica que a poeira é também uma implicação negativa. “Manter a casa limpa e arejada, evitando a proliferação de fungos e ácaros é muito importante”, diz, acrescentando que é fundamental beber muito líquido, lubrificar olhos e narinas para evitar que eles fiquem ressecados, cuidar da pele com o uso de protetor solar e manter uma boa alimentação (se possível, comendo a cada três horas).

No Pronto Socorro do HMP, segundo o médico, o mês de junho teve o maior registro de casos de pacientes com problemas respiratórios do ano. “Os diagnósticos de asma aumentaram, assim como os de pneumonias e sinusopatias. Os casos de insuficiência respiratória no mês de junho foram bem maiores que os registrados neste mês”, avalia. Segundo o médico, as pneumonias são mais frequentes em idosos e crianças. A asma é mais comum na população jovem e acima de 30 anos, mas também ocorre em crianças. Ácaros, poeira e clima favorecem a ocorrência desse tipo de doença.

A automedicação é sempre uma situação que pode complicar o quadro do paciente. “A população é pouco esclarecida sobre o que se deve tomar ou não. Na dúvida, procure uma unidade de saúde”, recomenda o médico.

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