Pará tem força de trabalho composta por 3,84 milhões de pessoas; veja os municípios

Canaã dos Carajás e Belém têm maior proporção de vínculos formais por habitante. Magalhães Barata e São João da Ponta detêm menor exército absoluto de trabalhadores registrados.

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Hoje, 1º de maio, comemora-se o Dia do Trabalho no Brasil e em vários países do mundo. Historicamente, a data remonta uma greve geral ocorrida em 1886 na cidade de Chicago, nos Estados Unidos, durante a qual milhares de trabalhadores foram às ruas reivindicar melhores condições de trabalho, entre elas a redução da jornada de trabalho de 13 para oito horas diárias. Mortos e feridos foram parte do saldo dos atos de protesto.

Para homenagear os trabalhadores que perderam a vida nos conflitos iniciados em 1º de maio nos Estados Unidos, a organização de partidos socialistas conhecida por Segunda Internacional, ocorrida em Paris em 20 de junho de 1889, criou o Dia Internacional dos Trabalhadores (ou Dia do Trabalhador, ou ainda Dia do Trabalho), que passou a ser celebrado em 1º de maio de cada ano.

Nesta quarta-feira, Dia do Trabalhador, o Brasil chega a 105,25 milhões de pessoas na força laboral, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou ontem (30) números atualizados do mercado de trabalho no país. Hoje, cinco de cada dez habitantes brasileiros estão na força de trabalho, sendo que 91,86 milhões estão devidamente ocupados.

Aqui no Pará, são 3,84 milhões de pessoas ativas na força de trabalho, segundo o IBGE, entre os quais 3,45 milhões ocupadas — e cabe lembrar que nem todo mundo que está ocupado está devidamente formalizado. O Ministério da Economia calcula que o estado tenha hoje 722 mil trabalhadores com carteira assinada. E juntando os trabalhadores com carteira assinada com os militares e os servidores públicos, o estado tem uma força de trabalho formal composta por 1,07 milhão de pessoas.

Com base nos dados do Ministério da Economia, que se vale da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), o Blog do Zé Dudu elaborou o ranking dos municípios paraenses por número de trabalhadores formais. Pela Rais mais recente, divulgada em outubro do ano passado e referente ao ano de 2017, o Brasil tem 46,28 milhões de pessoas no mercado formal, o correspondente a 22,29% dos então 207,66 milhões de habitantes estimados pelo IBGE naquele ano. No Pará, a taxa de formalização é de 12,77% da população, baixíssima, portanto, em relação à média nacional

Situação dos municípios

Belém é, disparado, o município paraense com o maior número de trabalhadores formais e tem estoque de 37% de toda a mão de obra do estado. Essa superconcentração tira o fôlego do resto do estado e condena pequenos municípios, sem estrutura econômica sólida, à quase total informalidade de sua mão de obra adulta disponível. Aliás, mais da metade da força de trabalho formal do Pará está concentrada em apenas meia dúzia de municípios, numa Unidade da Federação composta por 144.

Belém (398,2 mil trabalhadores formais), Ananindeua (64,8 mil), Marabá (46 mil), Parauapebas (42,9 mil), Santarém (42,2 mil) e Castanhal (30,1 mil) respondem, juntos, por 58% do estoque da mão de obra paraense. Mas é Canaã dos Carajás quem possui a mais elevada taxa de formalização proporcionalmente à população, chegando a 31,57%, sendo seguido por Belém (27,42%). Canaã e a capital, aliás, são os únicos municípios do Pará que superam a média nacional no tocante à proporção entre trabalhadores devidamente registrados e o total de habitantes.

Confira os números preparados pelo Blog do Zé Dudu!