Moro autoriza envio de tropa federal para o Pará por um mês

40 homens da FTIP devem chegar nesta quarta-feira ao Pará

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O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro , autorizou o envio de homens da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP) para o Pará. Eles vão ficar no estado por 30 dias . Moro atendeu um pedido do governador paraense, Helder Barbalho . Uma rebelião na unidade prisional de Altamira, no interior do estado, deixou 57 presos mortos  — 16 deles, decapitados.

“O número de profissionais a ser disponibilizado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública obedecerá ao planejamento definido pelos entes envolvidos na operação”, diz trecho da portaria assinada por Moro nesta terça-feira. Ao Blog o governador Helder Barbalho informou ter solicitado 40 homens da FTIP em caráter de emergência, esclarecendo que eles devem chegar ao Pará nesta quarta (31).

O prazo de 30 dias começa a contar a partir desta terça-feira. A portaria diz que a tropa vai “exercer a coordenação das ações das atividades dos serviços de guarda, de vigilância e de custódia de presos” e estabelece ainda que a “operação terá o apoio logístico e a supervisão dos órgãos de administração penitenciária e segurança pública” do Pará.

O pedido de Barbalho foi feito na segunda-feira, mesmo dia em que ocorreu a rebelião em Altamira.

“Após o confronto de Altamira, solicitei imediatamente o apoio do Ministério da Justiça e as devidas soluções já estão sendo tomadas. Oito dos 16 detentos identificados como líderes do confronto já estão em Belém e sendo encaminhados para outras penitenciárias”, escreveu o governador. 

Pedido do governador Helder Barbalho para o envio de tropas federais para o Pará Foto: Reprodução
Pedido do governador Helder Barbalho para o envio de tropas federais para o Pará Foto: Reprodução

A FTIP foi criada em janeiro de 2017 e, a exemplo da Força Nacional, é formada por agentes dos 26 estados e do Distrito Federal. Segundo o Ministério da Justiça, ela tem por objetivo apoiar os governos estaduais em situações extraordinárias de crise no sistema penitenciário, controlando distúrbios. Em maio, a pasta autorizou o uso da força por 90 dias em Manaus, onde outra rebelião deixou 55 mortos.