Ministério da Infraestrutura entrega mais 32 quilômetros na Transamazônica

Um total de 90 quilômetros já foram executados, ligando as cidades de Itupiranga a Novo Repartimento, no sudeste do Pará

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Brasília — O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) do Pará, entregou no sábado (30), mais 32 Km que somam-se a 90 Km concluídos de um total de 102 km planejados de trecho da Rodovia Transamazônica (BR-163), que liga os municípios de Itupiranga e Novo Repartimento, no sudeste do Pará. A obra conta com R$ 219 milhões de investimento.

A rodovia é o mais importante eixo rodoviário da região Norte, mantendo programa de incentivo à integração logística da região com o restante do país.

Segundo o Ministério da Infraestrutura, o trecho pavimentado, de 32 quilômetros, integra parte de obras de 102 quilômetros que começaram na divisa do Estado com Tocantins e que têm previsão de conclusão até novembro. “Mesmo com as cautelas que devem ser tomadas em razão do novo coronavírus, as obras não foram e não serão interrompidas e cumprirão o cronograma planejado”, explicou o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, que sabe que o período de estiagem deve ser aproveitado para que as obras tenham continuidade antes do rigoroso inverno amazônico.

A inauguração ocorre em um período em que o Ministério da Infraestrutura procura transmitir aos investidores sinalização de que o programa de concessões do governo de Jair Bolsonaro está caminhando apesar do quadro de grave crise econômica exacerbada pela epidemia de Covid-19.

Na quarta-feira (29), a pasta enviou ao Tribunal de Contas da União (TCU) o projeto de concessão da BR-163, entre Mato Grosso e o Pará, rodovia que corta a Transamazônica mais ao oeste do trecho inaugurado no sábado.

Estratégica

“A pavimentação da Transamazônica é estratégica para a integração nacional e vai proporcionar melhores condições de frete, melhorando o escoamento da produção agroindustrial da região”, disse em comunicado o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas. “Essa obra, para nós, é uma prioridade.”

As equipes do DNIT já iniciaram os trabalhos nos 12 quilômetros restantes. Nesse trecho, a terraplenagem e a drenagem já estão concluídas, faltando assim as etapas de pavimentação — base e revestimento. O final da obra está previsto para novembro deste ano.

Segundo o ministério, a BR-230/PA junto à BR-155 faz parte de um corredor de escoamento de produção do nordeste do Mato Grosso até os portos de Vila do Conde (PA) e Itaqui (MA). A rodovia também está integrada à hidrovia do rio Tocantins e a expectativa do governo é que o tráfego neste corredor entre a BR-155 e a BR-230, no pico da safra, atinja o mesmo volume da BR-163, nos próximos anos.

A Transamazônica, projeto criticado por ambientalistas e de mais de 4 mil quilômetros de extensão, foi criada durante o regime militar, indo do Estado da Paraíba até o interior do Amazonas. O trecho que está em obras agora foi aberto em 1970 e nunca havia sido pavimentado, apesar de ficar relativamente próximo de grandes projetos como a mina de ferro de Carajás, da Vale.

Esperada há mais de 40 anos, a Transamazônica é a terceira maior rodovia do Brasil, percorrendo os estados da Paraíba, Ceará, Piauí, Maranhão, Tocantins, Pará e Amazonas. A estrada possui cerca de quatro mil quilômetros de extensão e encontra-se em fase de obras em vários segmentos, pelo DNIT.

Reportagem: Val-André Mutran – Correspondente do Blog do Zé Dudu em Brasília.