Fazendeiro espanca adolescente de 14 anos na região do Contestado

O caso foi parar na 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil, onde a recusa do delegado em fazer os procedimentos de praxe virou polêmica

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O caso do espancamento de um adolescente de 14 anos de idade, na localidade conhecida como Contestado, zona rural de Marabá, na divisa com Parauapebas, causou confusão na 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil na manhã desta quinta-feira (14). Como o distrito da culpa está em território marabaense, o diretor da seccional, delegado Gabriel Henrique Alves Costa, explicou que a apuração e demais procedimentos caberiam à Polícia Civil em Marabá.

Foi o suficiente para que a Câmara Municipal, por meio do presidente, vereador Luiz Alberto Castilho (PROS), mobilizasse os representantes da Casa para acompanhar o caso. Os vereadores Ivanaldo Braz Simplício (sem partido), Joelma Leite (PSD), José Marcelo Filgueira – Marcelo Parceirinho (PSC) e Zacarias Marques (PP) mantiveram reunião com o delegado Gabriel Henrique a fim de solucionar o impasse.

Ao final, do encontro, realizado a portas fechadas, ficou decidido que os procedimentos iniciais seriam feitos pela 20ª Seccional e, em seguida, encaminhados para a 21ª Seccional, em Marabá, para a realização do inquérito.

O adolescente, segundo chegou ao conhecimento dos vereadores e do Conselho Tutelar de Parauapebas, foi impiedosamente espancado após o desaparecimento de um arreio e de uma sela da propriedade de um fazendeiro identificado apenas pelo prenome de Edilson e pelo apelido de “Bigode”.

De acordo com a conselheira tutelar Márcia Barros, que atendeu ao caso do adolescente, ele ficou bastante machucado, com hematomas e ferimentos pelo corpo todo, sentindo muitas dores, com dificuldade até para se alimentar, haja vista que foi golpeado na boca, e psicologicamente muito abalado.      

Márcia informou que rapaz foi imediatamente encaminhado ao Hospital Municipal de Parauapebas, recebeu medicação e curativos e agora, assim como os demais familiares, vai ter atendimento psicológico.

(Caetano Silva)