Fapespa e Seaster apresentam dados do Trabalho e Renda do Pará no 1° semestre de 2017

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A Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), em parceria com a Secretaria de Trabalho e Renda (Seaster), divulgou na terça-feira, 05 de setembro, o conteúdo analítico relacionado ao desempenho do Mercado de Trabalho no 1° semestre de 2017. Os dados apresentados estão relacionados ao desempenho do setor a partir da movimentação do emprego celetista no estado, com base nas admissões, desligamentos e saldo, além da identificação do perfil do trabalhador celetista paraense admitido e desligado quanto ao sexo, escolaridade e faixa etária. A base de dados utilizada como referência da movimentação de emprego no mercado de trabalho formal foi o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) disponibilizado pelo Ministério do Trabalho (MT), sistematizados pela Fundação.

Após dois anos de resultados negativos no Mercado de Trabalho do Brasil, para o primeiro semestre, a geração de emprego voltou a ser positiva em 2017, comportamento que totalizou saldo de 76.680 novos vínculos trabalhistas nos seis primeiros meses deste ano, cenário semelhante vem se reproduzindo no Pará nos últimos dois meses. Das 27 unidades federativas, 14 apresentaram resultados de incremento no saldo de emprego, influenciando na variação positiva de aproximadamente 0,18% no estoque de empregos nacional.

Apesar do saldo negativo no acumulado do primeiro semestre, alguns municípios registraram geração de emprego, entre eles, Marabá, que se destacou com o maior incremento, 1.058 novos vínculos empregatícios, seguido de Paragominas com 554 novos contratos formais de trabalho. Com o terceiro melhor saldo de emprego, Xinguara se destacou com 291 vínculos adicionais no estoque de trabalhadores com carteira assinada no município.

No município de Marabá, o setor da Construção Civil foi o que mais gerou postos de trabalho, com 628 novos trabalhadores empregados, bem como o mesmo setor apresentou destaque em Paragominas com a geração de 178 novos vínculos empregatícios. Dos 144 municípios analisados, 67 apresentaram saldos positivos.

Ao analisar o Mercado de Trabalho paraense com relação às ocupações com maiores movimentações de emprego no primeiro semestre, verifica-se que a ocupação “Vendedor de Comercio Varejista”, ligada ao setor do Comércio, foi a que registrou a maior movimentação, com 16.711 vínculos; seguida por Servente de Obras (ligada ao setor da Construção Civil), com movimentação de 13.845 vínculos; e na sequência aparece Auxiliar de Escritório em Geral, respondendo por 11.848 vínculos.

O presidente da Fapespa, Eduardo Costa, acrescentou que, “comumente, a movimentação de emprego no segundo semestre é maior que no primeiro, porém, dado a tendência dos últimos meses indicando um possível aquecimento da economia nacional e regional, a expectativa é de um saldo anual ainda negativo, embora em um patamar menor do que o alcançado em 2016″

Quanto ao porte dos empreendimentos constituídos no estado, apenas o recorte das empresas que empregam até quatro funcionários registrou saldo positivo, com 12.473 novos vínculos.

De acordo com o secretário adjunto da Seaster, Everson Costa, “em geral, as perspectivas de politica pública do estado focadas na geração de emprego, apoiada até por impressões externos como segmento empresarial, apresentam caminhos que podem atenuar esse cenário de desemprego no estado e melhorar as expectativas para o nosso mercado de trabalho”, disse.