Empresa do Maranhão, com filiais no Pará, busca ampliar exportações de carne halal para o mercado árabe

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Há oito meses, a Equatorial Alimentos iniciou suas exportações para o mercado árabe. Começou com a Arábia Saudita e, hoje, tem entre seus clientes também os mercados da Palestina, Emirados Árabes Unidos, Líbia e Jordânia. Agora, o frigorífico com sede no estado do Maranhão quer aumentar seus negócios nos países do Oriente Médio e Norte da África.

Segundo Alessandro Mendonça, supervisor de Exportação e responsável pelo abate halal da empresa, atualmente a Equatorial exporta 20% de sua produção, número que deve crescer em breve.

“Já temos uma liberação com o diretor para subirmos isso para 40% da nossa produção e, no futuro, pelo menos 50% vai ser destinada para a exportação”. Deste montante, a maior parte será destinada aos países árabes. “Hoje, temos em média 18% [da produção] halal. A nossa meta é pelo menos 30% de produtos halal para exportação e 20% de produtos não halal, mas para exportação também”, explica.

Com as oscilações que ocorrem no preço da carne bovina no mercado brasileiro, Mendonça destaca que está aumentando a importância do mercado árabe para os negócios do frigorífico. “Está se tornando um mercado estratégico. A nossa perspectiva é que o mercado externo vai se tornar muito viável em um prazo de seis ou sete meses.”

Atualmente, além dos países árabes já mencionados, a Equatorial exporta para Hong Kong, China e Geórgia. O frigorífico negocia ainda sua entrada no Bahrein, Catar, Iraque, Omã e Egito.

Para garantir a expansão dos negócios na região, o frigorífico está participando de eventos e rodadas para conseguir novos contatos com clientes árabes. “Em fevereiro, vamos para a Gulfood (maior feira de alimentos do Oriente Médio, em Dubai), não vamos montar um estande porque estamos em cima da hora. Vamos para lá com a cara e a coragem, vamos levar panfletos, cartões, vamos tentar colocar um frigorífico nordestino no meio do mundo árabe”, destaca Mendonça.

Atualmente, as exportações da Equatorial são feitas tanto de forma direta como por meio de tradings. Uma delas, a Ei-log, tem sua sede em Pelotas, no Rio Grande do Sul, e mantém ainda uma representação em Dubai, nos Emirados Árabes. “Estamos pensando em fazer parceria principalmente na Gulfood, que é uma oportunidade para colocarmos o nome da Equatorial no mercado, levando sua carne halal para o Oriente Médio”, conta Mohamad Sus, consultor de Vendas da Ei-log.

Mendonça diz que serão realizadas outras ações para divulgar a marca do frigorífico para os árabes. “Vamos tentar investir muito em marketing, investir em feiras, em buscar parceiros e eventos nos quais podemos colocar e expor a nossa carne.”

Na sede da Equatorial, em Açailândia, todo o abate é halal. A empresa tem também duas plantas no Pará, nas cidades de Eldorado dos Carajás e Altamira. Uma nova unidade no estado será inaugurada no início de 2011, no município de Novo Repartimento. No total, o frigorífico abate duas mil cabeças de gado por dia, número que deve chegar a 3,5 mil com a quarta planta. A empresa não revela o faturamento total, mas as exportações mensais rendem entre R$ 10 milhões e R$ 15 milhões.

Fonte: Comex do Brasil

O que é o Abate Halal
Halal é uma palavra árabe que significa legal, permitido. Todos os alimentos são considerados halal, exceto:
– carne de porco e seus derivados; animais abatidos de forma imprópria ou mortos antes do abate; animais abatidos em nome de outros que não sejam Alá;  sangue e produtos feitos com sangue; álcool e produtos que causem embriaguez ou intoxicação; e produtos contaminados com algum dos produtos acima.

Animais como os bovinos, caprinos, ovinos, frangos podem ser considerados Halal, desde que sejam abatidos segundo os Rituais Islâmicos (Zabihah).

A técnica de abate Halal deve seguir os seguintes passos:
1- O animal deve ser abatido por um muçulmano que tenha atingido a puberdade. Ele deve pronunciar o nome de Alá ou recitar uma oração que contenha o nome de Alá durante o abate, com a face do animal voltada para Meca.
2– O animal não deve estar com sede no momento do abate.
3– A faca deve estar bem afiada e ela não deve ser afiada na frente do animal. O corte deve ser no pescoço em um movimento de meia-lua.
4– Deve-se cortar os três principais vasos (jugular, traquéia e esôfago) do pescoço.
5– A morte deve ser rápida para evitar sofrimentos para o animal.
6– O sangue deve ser totalmente retirado da carcaça.

Fonte: ABEF

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