Dois PMs presos em Parauapebas, suspeitos de tortura e homicídio

Eles, mais uma pessoa, são acusados de, em março passado, terem torturado adolescentes em um cemitério e matado um deles

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A Polícia Civil prendeu, na manhã desta quarta-feira (24), em Parauapebas, Marcelo Silva Cardoso e os policiais militares Cosme Neto Souza Medeiros, Artur Sampaio Pinheiro Martins, lotados no 23º Batalhão de Polícia Militar. Eles são acusados de participação na tortura de adolescentes e do assassinato de um deles, em março deste ano, em cemitério da cidade.

De acordo com o diretor da 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil delegado Gabriel Henrique Costa, durante o curso das investigações surgiram indícios da participação de policiais militares nos crimes. Então, o caso foi repassado à Decrif (Divisão Estadual de Crimes Funcionais).

Equipe daquela especializada foi enviada a Parauapebas e assumiu as investigações do caso chegou aos militares. Imediatamente a Decrif representou na Justiça pela prisão deles, que foi deferida pelo juiz e efetuada pela Polícia Civil, com o acompanhamento do corregedor da Polícia Militar na região, tenente-coronel Benedito Sabbá Correa e pelo major Robert, também da Corregedoria da PM.

Segundo Sabbá, acompanhamento foi necessário para que não houvesse algum constrangimento ou atrito entre os PMs e os policiais civis. Após prestarem, depoimento na Polícia Civil, os dois PMs, enquadrados, segundo o delegado, nos crimes de lesão corporal, homicídio e associação para formação de bando ou quadrilha, foram encaminhados a IML, para exame de corpo de delito, e, depois ao quartel do 23º BPM, onde estão presos.

O tenente-coronel Sabbá disse ainda que, de posse das cópias dos depoimentos e demais documentos do inquérito, vai analisar o caso para decidir de instaura ou não procedimentos administrativos contra os dois PMs.

Ele adiantou, ainda que, após a audiência de custódia, na Justiça, eles, provavelmente serão transferidos para Santa Isabel do Pará – Região Metropolitana de Belém – ao Crecan (Centro de Recuperação Especial Anastácio das Neves), onde ficam presos acusados de crimes funcionais.

(Por Caetano Silva)