Diretor do Sindicato do Comércio de Marabá diz que dessa vez o desenvolvimento não pode ficar apenas nos discursos, tem de acontecer

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Por Eleutério Gomes – de Marabá

O diretor-técnico do Sindicom (Sindicato Patronal do Comércio Varejista de Marabá), Raimundo Gomes Neto, ouvido pelo Blog sobre a Audiência Pública desta sexta-feira (11), que discutirá na Câmara Municipal de Marabá o desenvolvimento socioeconômico do município, disse esperar que saiam encaminhamentos de políticas voltadas realmente para o desenvolvimento da região. Segundo ele, há muito tempo “muito de fala e pouco se vê”, mas desta vez todos querem ver isso acontecer. “Nós acreditamos sempre. Por isso, temos de ir a todo o evento que trate desse assunto, porque temos de acreditar que coisas melhores virão. Marabá merece, é carente, mas tem potencial para o desenvolvimento”.

Neto afirma que é necessário haver políticas voltadas para esse tão sonhado desenvolvimento, pois Marabá não pode continuar no ostracismo. “Temos de ver isso virar realidade, precisamos de políticas e políticos comprometidos com a região. Não adianta ouvirmos aqui uma bancada falar de desenvolvimento, tirar fotos, e esse desenvolvimento não vir”, adverte. “E nós acreditamos que dessa vez não vai acontecer isso. Temos aí, alinhada nessa luta, a Associação Comercial e Industrial de Marabá (Acim), muito bem informada e focada nisso, nessa coisa macro de política de desenvolvimento”, afirma Raimundo Neto. Ele lembra que o resultado do trabalho de qualquer empresa que chegue à região vai se refletir diretamente no crescimento do comércio, que “hoje não perde para o de outros grandes centros nem das capitais mais próximas”.

“Temos boas instalações, bons produtos, mas, o que nos diferencia das praças de outros Estados são as questões tributárias, isso afeta diretamente o Estado do Pará, com um ICMS tão alto, impostos e carga tributária muito alta”, alerta o diretor-técnico do Sindicom. “Aqui temos uma cidade cortada por rios, com rodovias, estradas e aeroporto, com tudo para oferecer um preço bem melhor, mas ainda há essa barreira fiscal que dificulta muito a vinda grandes produtos para cá. Isso também deve ser assunto de pauta. A empresa privada quer comprar onde tiver preço e qualidade”, encerra.