Delegado Gabriel assume a Depol Parauapebas

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É com a responsabilidade de diminuir ainda mais o índice de violência em Parauapebas que o delegado Gabriel Henrique Alves Costa reassumiu a 20ª Seccional de Polícia Civil do município, a qual comandou em 2016 e de onde saiu para dirigir, em Belém, a Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc) – antiga Delegacia de Repressão a Entorpecentes.

Novamente à frente da Depol de Parauapebas, Gabriel Henrique substitui a delegada Yanna Azevedo e assegura que o trabalho de combate à criminalidade continuará sendo executado de forma integrada com a Polícia Militar. “Fazendo operação juntos, temos mais acesso às informações, mais condições para investigarmos,” atesta Gabriel Henrique, que já trabalhou com o major Gledson, cotado para ser o novo comandante do 23º Batalhão da PM.

A troca de comando ainda estava incerta até esta quarta-feira (9), mas, caso o nome do major Gledson seja confirmado, é certo que ele vai manter a parceria com a Depol a exemplo do que fizeram, em 2018, o coronel Mauro Sérgio Marques Silva, comandante do Policiamento Regional (CPR-II), e o tenente-coronel José Wilson, comandante do 23º BPM.

O resultado do trabalho integrado aparece nos Indicadores de Violência produzidos pela Secretaria Adjunta de Inteligência e Análise Criminal (Siac) da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup). “A 10ª Risp foi agraciada porque ficou dentro dos limites esperados pelo governo do estado em 2018,” observa o delegado Gabriel.

De fato, houve redução da criminalidade em Parauapebas, que faz parte da 10ª Região Integrada de Segurança Pública e Defesa Social (Risp) ao lado de mais 15 municípios. A queda no índice de violência não chega a ser expressiva e ainda está longe do esperado pela sociedade, mas demonstra que o trabalho conjunto entre polícias Civil e Militar fortalece a repressão ao crime.

Dados da violência em Parauapebas

A Siac ainda não divulgou os dados de dezembro de 2018, mas é possível fazer comparações. Em 2016, houve 8.323 ocorrências policiais em Parauapebas. Em 2017, esse número caiu para 8.278 e, em 2018, até novembro, para 7.500. Voltando para 2017, de janeiro a novembro foram 7.581 ocorrências.

O número de roubos está no topo da lista: 4.080, em 2016; 3.823, no ano seguinte; e 3.138, de janeiro a novembro de 2018. Em seguida, vem o número de furtos. Em 2016 foram 3.430, número que caiu para 3.225 em 2017 e para 2.914, no ano passado.

O número de homicídios dolosos chegou a 98, em 2016. Caiu para 75 em 2017, mas voltou a subir em 2018, que registrou 87 assassinatos até novembro. O mesmo aconteceu com homicídios no trânsito. Foram 18 em 2016; 14, em 2017 e, no ano passado, 16. A morte em confronto com policiais também tem crescido: saltaram de 5, em 2016, para 27 em 2018. Já o número de mortes no trânsito caiu de 28, em 2017, para 7, no ano passado.

Outro dado da Siac que assusta são as ocorrências de estupro, apesar de uma leve queda no índice: de 74, no ano de 2016, subiram para 82 em 2017, sendo que 76 foram praticados de janeiro a novembro. Nesse mesmo período, em 2018, foram 71 registros desse tipo de crime em Parauapebas.

Mais um índice que chama atenção são as lesões no trânsito. Nada menos que 705 foram registradas em 2018 contra 110, em 2017, e 124, no ano anterior. Já as lesões corporais ficaram em maior número em 2017, com 453 registros contra 414, em 2018, e 400, em 2016.

O tráfico de drogas também não dá trégua ao município. Enquanto em 2016 houve 74 registros, em 2017 foram 117 e, no ano passado, já estavam em 116 até novembro.

Repasse de metas

O novo diretor da Polícia Civil de Parauapebas avalia que os índices de violência ainda são grandes em Parauapebas e no restante do país em decorrência da situação econômica e social da população. E é dentro desse contexto, explica o delegado Gabriel Henrique, que a Segup faz uma estimativa e fixa a meta anual para enfrentamento à violência.

Com a mudança de governo, o delegado diz que o novo superintendente de Polícia Civil do sudeste do Pará, Thiago Carneiro, aguarda pelas metas para 2019. Em Parauapebas, a Depol conta com seis delegados, 13 investigadores e 6 escrivães. Tem ainda três viaturas.

Gabriel Henrique destaca ainda que o número de delegados plantonistas subiu de dois para quatro. “Ainda não é o ideal, mas é o melhor contingente que essa delegacia já teve nos últimos anos,” afirma o delegado de 36 anos de idade, que começou a trabalhar pelo município de Conceição do Araguaia, foi superintendente do Risp em São Félix do Xingu, diretor da Delegacia de Repressão de Entorpecentes, em Belém, e que pediu para retornar para Parauapebas, para continuar a missão de garantir mais paz ao município.