Cerca de 20 mil pessoas passaram pelos cemitérios de Parauapebas no sábado

No Dia de Finados, o antigo cemitério Jardim Eterno, já desativado, e o Jardim da Saudade tiveram a rotina alterada devido á data dedicada aos mortos

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São pelo menos 9.840 corpos já sepultados no Cemitério Jardim da Saudade, situado a margens da Estrada Municipal Faruk Salmen, em Parauapebas. Esse é o segundo cemitério do município, já que o primeiro, Jardim Eterno, foi desativado por ser considerado lotado, só recebendo corpos em túmulos já utilizados por outros familiares.

Ambos os cemitérios tiveram movimentação extra no sábado (2), data em que, tradicionalmente, se comemora o Dia de Finados, quando amigos e familiares têm por hábito visitar a sepultura onde acreditam descansar os entes queridos já morreram.

 “É um momento para que a gente possa se livrar um pouco da culpa por não ter ficado mais próximo ou cuidado melhor da pessoa”, reconhece Amarildo Souza, que, solitário, visitava a sepultura de sua mãe, falecida há três anos. Enquanto fitava, pensativo, a foto da mãe afixada na lápide disse recordar de seus ensinamentos que hoje fazem todo o sentido para sua vida.

Mas, o tempo traz conforto a quem perdeu familiares e sua rotina volta ao normal. A prova disso é o que nossa equipe de Reportagem registrou, principalmente no cemitério já desativado, sepulturas mais antigas que parece não receberem mais cuidados nem a visita de familiares que, pelo jeito, se ocuparam com outros afazeres.

Enquanto que nas sepulturas mais recentes o fluxo de pessoas é mais intenso. Mesmo assim, com a correria do dia-a-dia, cerca de 20 mil pessoas passaram pelos cemitérios de Parauapebas, de acordo com o administrador do Cemitério Jardim da Saudade, Juvenal de Lima Freire.

Segundo ele, a rotina de todos os anos nesse dia é bem semelhante tanto em fluxo de pessoas quanto em acontecimentos. “Nos demais dias também se nota a presença de pessoas que vêm em número bem menor. Afinal, a preocupação cotidiana é com quem está vivo”, filosofa.

“Mesmo assim, nota-se que alguns têm a necessidade de matar a saudade e se sentir mais próximo do ente querido morto, ao visitar o túmulo e ficar horas em silêncio em uma espécie de meditação”, contou Juvenal, dando por detalhes que, no Dia de Finados, o início da manhã e o final do da tarde são horários em que o cemitério fica mais repleto de  visitantes, “devido a temperatura ser mais amena”.

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