Blog do Zé Dudu evita injustiça contra a Câmara e apreensão entre a população de Canaã

Site da prefeitura informou que serviços essenciais poderiam ficar comprometidos e desemprego aumentaria na cidade porque a Câmara Municipal não havia aprovado um projeto. Era um equívoco!
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Os dois principais verbos do jornalista são da primeira conjugação: perguntar e desconfiar. E foi conjugando ambos que a Reportagem do Blog do Zé Dudu, em Canaã dos Carajás, evitou que uma injustiça fosse cometida contra a Câmara Municipal e que uma notícia levasse apreensão à comunidade local, a Prefeitura Municipal publicou nota informando – ou desinformando – que o Executivo não renovaria os contratos dos servidores temporários que atuam em serviços essenciais como Saúde e Educação o no Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE); nem contrataria agentes de serviços gerais e agentes patrimoniais porque a Câmara Municipal não havia votado o Projeto de Lei 33/2018 que autoriza as contratações.

A nota adverte que a prefeitura “iniciará o ano de 2019, com déficit de servidores, o que deve impactar a prestação de serviços essenciais, assim como gerar um impacto maior sobre a folha de pagamento, tendo em vista que será necessário o pagamento de horas extras aos servidores efetivos, sobretudo em áreas como a saúde, que deve trabalhar em regime de contingência”.

Diz, ainda, esperar “a compreensão do Legislativo para que, no momento atual de crise, novas famílias não sejam prejudicadas com o aumento do índice de desemprego”.

Desfazendo o equívoco

Porém, em contato com a Câmara Municipal de Canaã dos Carajás, após mais de uma dezena de ligações e mensagens de WhatsApp, a correspondente do Blog conseguiu falar com um dos assessores do Legislativo, que pediu para ter a identidade preservada, o qual, informado de que os vereadores estavam sendo responsabilizados pelo provável engessamento de serviços essenciais, que poderiam causar prejuízos à população, correu em busca de uma resposta e, após minuciosa pesquisa, informou que o Projeto de Lei 33/2018, enviado pelo Executivo em novembro passado, foi aprovado na última sessão da Câmara Municipal, ao pagar das luzes de 2018, ao contrário do que afirmava a prefeitura na nota.

Em contato com um assessor da Prefeitura Municipal, que também pediu para ter a identidade preservada, a correspondente do Blog teve questionada a informação do assessor da Câmara, tendo ela entrado novamente em contato com o assessor do Legislativo e este reafirmado que o PL foi sim aprovado e a prefeitura comunicada. Novo contato foi feito com a assessoria da prefeitura, com a correspondente repassando a essa as informações que havia recebido.

Checados os dados, o assessor da prefeitura se rendeu: disse, por mensagem de voz, que realmente a informação estava correta, informou que iria retirar do site a nota pública – o que realmente aconteceu –, afirmou que a informação da Câmara, quando da aprovação do projeto, pode ter chegado após o início do recesso e não teria sido repassada à pessoa responsável e garantiu que as contratações vão acontecer, tranquilizando a população e aos que terão o contrato renovado, mas, não deixou de dar uma alfinetada na Câmara, afirmando que não precisava “demorar dois meses para aprovar um simples projeto”.

Fica a lição de que, mesmo em recesso, a administração deve manter servidores de plantão para resolver demandas que surjam nesse período e não, simplesmente, fechar as portas, ir para casa e dizer que volta depois de alguns dias.

Afinal, a prefeitura é a responsável pelo funcionamento da cidade e pelo bem estar de seus cidadãos, contribuintes que não têm o mesmo privilégio de tirar uns dias de descanso a cada final de ano.

1 comentário em “Blog do Zé Dudu evita injustiça contra a Câmara e apreensão entre a população de Canaã

  1. Leandro Burlamaqui Responder

    Nota 10 com louvor para a repórter da Blog em, Canaã. Nota 10 para o Blog e Nota ZERO para as assessorias de (des) Comunicação da Câmara e da Prefeitura, que sequer se comunicam entre si. E ZERO também porque um ofício, comunicando assunto de tamanha relevância, deveria ter sido entregue em mãos ao secretário de Administração, onde quer que ele estivesse.

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