Associação Comercial de Marabá tem projeto futurista para o município

O Projeto 'Marabá 2040' visa envolver a sociedade civil organizada, os poderes constituídos e as entidades religiosas, para planejar melhorias pelos próximos 20 anos

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Desde que tomou posse como presidente da Acim (Associação Comercial e Industrial de Marabá), em 10 de dezembro passado, para o biênio 2019-2020, o empresário Raimundo Nonato Araújo Júnior, em entrevistas ou discursos, fala no Projeto “Marabá 2040”. Um planejamento do município para os próximos 20 anos, com a participação de todos os entes da sociedade civil organizada, como organizações políticas, religiosas e empresariais.

Mas, o que é, na prática, o Projeto Marabá 2040? “É um projeto que visa a união de todas as entidades de classe, todas a instituições civis representativas e ainda dos poderes públicos constituídos como o Executivo, o Legislativo, o Judiciário, o Ministério Público e as entidades religiosas ou que representam algum tipo de linha ideológica, para que nós possamos, de forma uníssona, desenvolver um debate que traga proposições para um plano estruturado de uma Marabá para os próximos 20 anos”, responde o presidente da Acim.

Ele explica que a ideia é construir um planejamento que acolha as opiniões, os interesses e as proposições de todos os envolvidos num projeto de desenvolvimento estruturado e organizado da cidade, pautado em prioridades que possam ser estabelecidas em curto, médio e longo prazo.

“Ou seja, se nós conseguirmos criar uma estrutura organizada e planejada, que possa prever os movimentos e ações do poder público e também das entidades de classe, para os próximos 20 anos, temos muito mais chances de aproveitar melhor os recursos, de vermos uma sintonia de projetos na alternância de poder, do Executivo, principalmente na troca de gestores, e também fazer com que a nossa cidade possa adquirir um rumo estruturado”, prevê Raimundo Júnior.

Indagado como pretende “amarrar” essas propostas, para que o projeto, ao longo dessas duas décadas, com trocas de prefeitos e vereadores, não sofra interrupções, Júnior diz que a ideia não é propriamente amarrar. “É propor, sugerir, para que nós possamos, em conjunto, por meio de um estabelecimento de prioridades, criarmos as condições para que os projetos que forem implantados e o recurso público que vai sendo utilizado, seja aplicado de maneira planejada”, afirma.

“Esse planejamento, como se propõe, é de longo prazo, mas envolvendo ações de prioridade para aquilo que deve ser implementado em curto e médio prazo para se atingir o longo prazo”, explica e complementa: “Eu vejo uma aplicação dos recursos públicos de maneira mais democrática, mais distribuídos em todas as áreas do município e não centradas apenas numa área mais movimentada ou numa área tida como mais importante na visão de um ou de outro”.

Ou seja, o objetivo é poder oferecer a oportunidade para que toda a sociedade, ao largo de todos os espaços geográficos e também dos espaços sociais, possa contribuir para que cada um seja contemplado nas ações dos gestores e dos legisladores “e ainda dos fiscais da legislação, na figura do Ministério Público, e do guardião desse relacionamento, que é o Judiciário”.

Essas ações, segundo Júnior, perpassariam por todos os setores da administração municipal, promovendo significativas melhorias no Sistema de Saúde, Educação, Mobilidade, Assistência Social, Segurança Pública e todos os demais: “Por exemplo, no Sistema de Saúde, com melhor distribuição da rede médica e dos postos de saúde, avançando também na própria saúde preventiva”.

“Passaria também pela melhor ocupação do solo e pela inibição de invasões. Ou seja, tornaria o espaço mais planejado por todas as autoridades e também pelos agentes que se beneficiam de todas essas melhorias”, exemplifica.

Sobre como surgiu a ideia do “Projeto Marabá 2040”, Raimundo Júnior responde que surgiu da necessidade de indicar os caminhos pelos quais a cidade deve trilhar, para que todos, sem exceção, possam ter não só uma cidade rica em seu solo ou mesmo na sua produção mineral ou agropecuária, mas que essa riqueza possa ser distribuída, que possa ser sentida pela maior parte da população.

“Então essa necessidade de ver a cidade mais alegre, mais envolvida, mais estruturada é que nos move a convidar todas as entidades representativa a abraçarem conosco esse Projeto ‘Marabá 2040’. Nós estamos primeiro construindo um planejamento inicial para que possamos ter o que mostrar e, em determinado momento, convidar todas as entidades para abraçar conosco essa iniciativa”, conclui o presidente da Acim.

Por Eleuterio Gomes – Correspondente em Marabá