500 mil tijolos entram clandestinamente todos os dias em Parauapebas. Olarias locais pedem socorro.

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imageEm Parauapebas existem três olarias ou cerâmicas que produzem tijolos de barro usados na construção civil. Conforme informou um empresário do ramo, juntas, as três produzem algo em torno de 300 mil tijolos por mês.

Ainda segundo o empresário, em 1993 o preço médio do tijolo em Parauapebas era de R$400,00 (quatrocentos reais), e, naquela época, as empresas não eram fiscalizadas e não tinham que cumprir tantas exigências que hoje são feitas por parte das autoridades responsáveis pela segurança do trabalho, fiscais de renda e meio ambiente. Hoje, passados vinte anos, o preço do tijolo comercializado em Parauapebas é o mesmo.

Isso se dá, segundo o empresário, em virtude de que nada menos que 500 mil tijolos entram de forma clandestina em Parauapebas diariamente. Isso mesmo, em média são 50 caminhões com dez mil tijolos a serem comercializados diariamente em Parauapebas.

Esses tijolos são produzidos em municípios vizinhos com um custo operacional bem inferior ao obtido pelas empresas local, já que nesses municípios a matéria prima está ao lado das olarias e nem sempre estas empresas obedecem as legislações trabalhista, ambiental e de segurança do trabalho. Em consequência disso tais empresas têm um custo final bem menor que as suas concorrentes em Parauapebas.

Outro agravante para essa concorrência desleal, segundo o empresário que preferiu não se identificar, é que esses caminhões descarregam os tijolos em Parauapebas sem serem admoestados pela fiscalização da Fazenda Estadual. É sabido, afirma o informante, que tais comerciante têm um acordo para pagar R$20,00 à Polícia Rodoviária Estadual na PA-275 e mais R$20,00 aos funcionários do Posto Fiscal da SEFA localizado  à margem da PA, em Curionópolis.

É preciso que as autoridades usem seus aparatos fiscalizadores para coibirem esse tipo de ação, que envolve sonegação fiscal, crimes ambientais e trabalhistas. É justo que todos trabalhem e ganhem seu dinheirinho, todavia, é preciso que a concorrência seja justa e igualitária.

26 comentários em “500 mil tijolos entram clandestinamente todos os dias em Parauapebas. Olarias locais pedem socorro.

  1. Nildo Responder

    Bom dia! Matéria interessante, como bem foi dito em alguns comentários aqui do blog,a especulação é grande mal que há em nossa cidade! Empresários e outros que usam monopólio pra extorquir as pessoas em todos os ramos, utilizando de preços abusivos! O referido empresário falou que em 1993 tijolo custava R$ 400 reais, detalhe! O real passou a vigorar em 1 de julho de 1994, como ele já vendia em real nesse período? E se alguém for comprar numa cerâmica local, receberá produto com até 15 dias ou mais, pois os mesmos não tem pronta entrega! È a mudança que estar chegando pra melhorar, que o diga os exploradores de aluguéis! Viva a concorrência!

  2. BENEDITO PESSOA Responder

    É por esta razão que está avançando a construção em Placas Cimentícia, são construções rápidas, com custo bem menor, em determinados Estados como Paraná,MT, etc, o tijolo é coisa do passado.

  3. Anonimo Responder

    Esses empresários de Parauapebas são uns mercenários, querem monopolizar o comercio. Eu, Quando vou usar tijolos, compro somente dos caminhoes em frente ao shopping. E esse papo que o empresario disse q desde 93 o milheiro era 400 reais e mentira. conforme a inflação vem ocorrendo o preço do tijolo vem aumentando gradativamente. ja achei tijolos de 520 o milheiro. Gostaria de ver uma materia sobre a queda dos alugueis em Parauapebas, rapaz estou achando bom dmais…assim acaba com essa roubalheira indevida…agora tem neguim doidim querendo alugar certas espeluncas…

  4. Franco Responder

    Um dia da caça outro do caçador – eu mesmo já fui esnobado por ceramista aqui em Parauapebas, uma vez fui comprar tijolos e o cidadão dono da ceramica me disse: “se tu quiseres
    tem de entrar na fila e esperar 40 dias”
    é mole?!

  5. Franklin Willian Responder

    Desculpe-me mais o empresário local ta de brincadeira…quer que vire monopólio??? então o preço pode chegar 700,00R$ o milheiro??? mais ta simples de resolver, vamos lá! INVESTIMENTO, AUMENTO DE PRODUÇÃO E COMPETITIVIDADE…meio ambiente tenho certeza que não é a preocupação do empresário……ainda quer pedir apoio a Polícia Rodoviária….se eles que estão diariamente pegando propina…affff bem vindo a Parauapebas…

  6. Anônimo Responder

    Se proibir o comercio externo de chegar a cidade em poucos dias vamos comprar tijolos a 1000 reais. assim como ja estamos comprando cimento que é repassado de 14 por 35 a 40 reis.(e mais, tanta comprar tijolo aqui para ver se nao vai ficar esperando 2meses)

  7. João Saldanha Responder

    É, o tiro saiu pela culatra sr. empresário.

    Agora, após ler todos os comentários vá estudar um pouco sobre gestão, concorrência, etc, etc, etc.

  8. wss Responder

    Construi minha casa com tijolo de uma olaria dessas aqui do peba. Tijolo ruim, fraco, sem nenhum padrao de tamanho, demoram quase 1 mes para entregar, ai o problema é so essa ilusória concorrência desleal? Descordo.

  9. Antônio Barros Responder

    É uma pena que as pessoas estão comprando um produto com menor preço, porém de péssima qualidade. Meu irmão comprou tijolos desses caminhões e se arrependeu, qdo chove o tijolo vira farinha. E com os fabricados em Parauapebas não temos esse problema.

  10. Nome (obrigatório)Adonete Responder

    EI CERAMICA RIO VERDE O MONOPOLIO ACABOU, VCS PRODUTORES DE TIJOLOS LOCAIS QUEREM TIRAR O CORO DA POPULAÇÃO QUE PRECISA ADQUIRIR ESTE PRODUTO. AGORA 500 MIL, CONTA OUTRA ESSA NÃO COLOU, 500 MIL TIJOLOS POR DIA, ISSO DARIA APROXIMADAMENTE 80 CAMINHÕES TRUC CONGESTIONANDO O TRANSITO NA ENTRADA DE PARAUAPEBAS TODOS OS DIAS.

  11. Léo Responder

    Esse problema em no comércio em geral, os empresários além de explorar o consumidor com preços abusivos, não evoluíram, além de oferecerem um péssimo atendimento aos clientes, e agora reclamam? Viva a concorrência! Essa mamata vai acabar com a chegada de grandes redes varejistas. Outra coisa é o absurdo vergonhoso dos aluguéis de imóveis praticados na cidade, também terão que baixar seus abusivos aluguéis, logo,logo.

    • Anônimo Responder

      Nem precisa muito, para ver o atendimento em nossa cidade! Vá ao Shopping, se ainda podemos chama-lo assim?
      Os preços desde alimentação, remédios, enfim, tudo aqui é muito caro! Dando margem, inclusive para nós empresários, comprarmos lá fora! Mesmo pagando frete, sai muito mais em conta!

      • eginaldo Responder

        Na feira do produtor tem outro exemplo bem claro, uma melancia produzida aqui chega na feira local no mesmo valor de uma melancia produzida em outros estados como: Goiás, Tocantins, Pernambuco. Sem falar que a produção local conta com a ajuda da prefeitura para aradar a terra e sementes para o plantio, e sem falar que a prefeitura vai buscar e deixar a produção. E chegar na feira com o mesmo preço de uma que vem de longe, com custos muito mais alto.

  12. Castro Responder

    A concorrência também faz o preço. Quem ganha são os clientes, que terão mais opção onde comprar. Neste caso, deverão ser coibídos as entradas ilegais

  13. João Saldanha Responder

    Em 1993 era R$ 400,00?
    De lá pra cá o processo produtivo não evoluiu? Capacidade produtiva?

    Em 1995 ganhei meu primeiro computador, custou R$ 5.000.00, um pentium 100.
    Hj, com R$ 1.500,00 compro um muito melhor. Qual foi o segredo? Evolução.
    Passagens aéreas são tão caras hj como a 20 anos atrás?

    Não queira imputar no seu preço sua ineficiência em evoluir e aperfeiçoar.

  14. Meu Filho Responder

    Essa estoria de Meio Ambiente é pra boi dormi. So Serve para arrecadar dinheiro. O Rio está um esgoto, neguinho fica derrubando morro em Parauapebas, aterrando olho d´agua. Jogando lixo em qualquer lugar. tem neguinho jogando oleo de oficina no meio ambiente.

  15. Marlucio Santos Responder

    Além da produtividade local não atender o preço tem que ser competitivo.
    Hora! se o produtor externo consegue produzir seus tijolos inserindo o valor do transporte e trazer a Parauapebas com preços mais em conta as olarias de Parauapebas poderiam ter preços mais em conta com os pés nas costas….

  16. vitor Responder

    Só assim muitos conseguiram construir suas residencias, que todos paguem seus impostos e VIVA A CONCORRÊNCIA É O QUE MAIS PRECISAMOS AQUI NO PEBAS!!!

  17. Anônimo Responder

    Caro Zé Dudu, esse empresário estar equivocado, os caminhões que vem de Eldorado traz oito mil tijolos e não dez mil, e duvido que entra 50 caminhões dia? E quanto os empresário de Parauapebas lucraram no passado em?

  18. ZE Responder

    Olarias locais deviam atender melhor os clientes e ter o tijolo para vender, ai isso não aconteceria!!!!!!!!É só eles se profissionalizarem…

  19. João das Neves Alcântara Responder

    Concordo (em parte) com o denunciante no concerne a meio-ambiente e demais fraudes à legislação, todavia, se observarmos, ele e outros, como empresários do setor estão muito bem obrigado. Caso fosse tão desleal como diz já estaria fora do mercado. Agora, os empresários daqui não têm suporte para atender à demanda de crescimento que a cidade exige, então, quem tem urgência em construir procura, obvio, meio mais fácil e barato para continuar seu empreendimento. Na verdade esse reclamante e seus colegas do setor gostariam de monopolizar o mercado escravizando os que necessitam construir suas moradias e estabelecer seus negócios, visto que em tempo pretérito ocorria com muita frequência a falta do produto no mercado local.

  20. João Saldanha Responder

    Com tanta demanda, crime é precificar baseado em especulação.

    Se tiver que comprar de caminhões eu compro, melhor que comprar de empresários “olho gordo”.

  21. Wesley Responder

    A conta é simple: se as 3 olarias juntas produzem 300mil tijolos/mês e os clandestinos introduzem na cidade 500mil/dia significa que eles não conseguem nem de longo suprir a necessidade local. O que pode ser feito são fiscalização mais não proibição dos caminhões com material de fora. Apenas minha opinião

    • Zé Dudu Autor do postResponder

      Concordo plenamente com você, e não disse pra que a fiscalização proíba a entrada e sim que os fabricantes de tijolos que aqui entram recebam o mesmo tratamento que os locais.

      • Anônimo Responder

        se isso acontecer logo, logo estaremos comprando tijolos a 1000 reais assim como ja está ocorrendo com o cimento que é repassado da fabrica aqui no vizinho tocantis a 14reais e revendido em nossa cidade a 40 reais. Não são comerciantes. São sangue sugas!

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