Voz ao leitor: O teatro em Parauapebas exige atenção

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E-mail recebido de um leitor mostra a preocupação com a atual situação das artes cênicas em Parauapebas e com o descaso da Vale no que pese a construção do Centro Cultural devido pela mineradora ao município e das autoridades que não cobram tal realização:

teatro“Compreendemos que atualmente vem se expandindo intensamente o surgimento de grupos e companhias teatrais em todo o Estado. O que vem tornando-se algo marcante dentro do contexto histórico e social do movimento teatral paraense, onde urge necessariamente o devido aparelhamento técnico, estético e teórico, que contribua para que os mesmos se formem como operários da cena, caminhando rumo ao profissionalismo, como multiplicadores desse fazer artístico. Por isso, torna-se necessário encontros onde se debata de forma sistematizada as peculiaridades teatrais de cada região, fortalecendo assim os artistas e técnicos envolvidos com a prática teatral nesta região paraense.

Devido as necessidades acima listadas, a cidade de Parauapebas se recente, em seus 26 anos de emancipação politica, da não existência de uma politica voltada ao setor cênico, especificamente ao movimento de teatro, haja vista a carência e urgência de politicas públicas voltadas ao setor, sendo dever do município e da Secretaria de Cultura a sua manutenção e sobrevivência, visando a aglutinação e construção de um movimento teatral organizando. Não agindo dessa forma, contrariam as diretrizes estabelecidas pela Constituição Federal em seu inciso 13 (toda pessoa tem direito de tomar parte na vida cultural da sua coletividade, de gozar das artes e de desfrutar dos benefícios resultantes do progresso intelectual).

Portanto, a 2° Mostra de Teatro de Parauapebas, evento não competitivo, avaliador da produção cênica local, torna-se necessária como prioridade para o município, haja vista também ser o teatro um instrumento de inclusão social, propiciando informação, entretimento e cidadania.

As problemáticas enfrentadas pelos grupos e companhias em nosso munícipio vão desde a falta de diálogo da Secult –Secretaria de cultura de Parauapebas – como sociedade civil organizada, como também o poder público, representado pela Câmara Municipal.

Como por exemplos listamos algumas necessidades urgentes desse setor:

  1. Criação de um evento para a categoria teatral
  2. Necessidade de fomento econômico para as produções
  3. Estatísticas de quantos grupos e companhias teatrais existem no município
  4. Marketing de divulgação das produções desses grupos e cias
  5. Lei municipal de Incentivo à cultura
  6. Registro legal das companhias e grupos
  7. Necessidade de representatividade para a classe
  8. Cobrança pelas autoridades constituídas da construção do Centro Cultural que abrigará o Teatro Municipal.

imagesNada até agora pode ser visto no atual prisma em que se encontra a gestão da cultura no município nesse sentido. Não há nenhuma mudança significativa que merece atenção. Permanecendo a mesma politica de eventos que valoriza mais os artistas de fora do que os locais que militam em prol da cultura em nossa cidade. Inexistem leis de incentivo cultural, editais de auxilio, montagem e circulação das produções.

Percebe-se uma ausência velada de uma politica voltada ao segmento, como a realização de mostras de teatro, oficinas, cursos e intercâmbios. É perceptível que muitos profissionais têm que viajar ao Rio de Janeiro, Minas Gerais, Brasília, etc. para buscar a devida formação.

Tudo isso expõe a situação de mendicância a que os artistas são submetidos para produzirem os seus espetáculos, andando literalmente com o pires na mão, ou quando não, tirando dos seus próprios bolsos.

Nota-se como fica clara a ausência do poder municipal, exclusivamente no que tange a cultura, no município de Parauapebas, que ainda não aderiu ao sistema estadual de cultura.

As politicas voltadas para juventude, utilizando o viés das artes cênicas ainda estão longe de acontecer de fato. Hoje, esses grupos de teatro no município permanecem espalhados pelas igrejas, associações de bairros e movimentos sociais. Não existindo uma entidade que os represente de fato e que faça a divulgação das produções desses grupos e companhias. Falta uma casa de espetáculo que possa abrigar as manifestações desse setor. Compreende-se que se não houver uma mobilização nesse sentido a tendência dessa arte em nosso amado município é desaparecer completamente”.

19 comentários em “Voz ao leitor: O teatro em Parauapebas exige atenção

  1. paulo Responder

    eu não entendo nada de cultura, mais acho que a prefeitura deve dar aquilo que os artistas estão pedindo.Uma prefeitura tão rica como a nossa.

  2. Anônimo Responder

    o rapaz falfalou que eu estou toda semana no cdc atrás de uma boquinha não tem problema pois eu vivo de eventos o que eu me referi foi o espaço para o teatro se estiver incomodado comigo fique no meu lugar não tem problema não. Agora preste atenção no assunto.

  3. doddy amancio Responder

    Amigo Se a arte não tem esse viés sócio educativo, muita coisa já estaria perdida isso sim. Sugiro para sua reflexão que conheça o grupo teatral ” Nos do Morro” na favela do vidigal no RJ- Que ja recuperou através do teatro, dezenas meninos e meninas que estavam em condições de vulnerabilidade e hoje muitos estão militando na área profissional do cinema do teatro e da tv. Sugiro para sua leitura e meditação os seguinte livros: “A necessidade da arte” de Ernst Fischer e ”A sociedade do Espetáculo ” de Guy Debord.
    Acredito na importância do teatro como geração de renda,os artistas não podem depender só da Secult, eles tem que se organizar a nivel de cooperativas e buscar as leis de incentivo a cultura. Se os artistas ainda não tiveram a sua mostra , devemos aguardar com paciência,acredito também no dialogo,embora esse dialogo muitas vezes tem que ser exaustivo,porém a gestão é nova, e muita coisa ainda pode ser feita, entre elas o centro cultural. Enquanto isso não ocorre, tem o anfiteatro da portaria que é um bom lugar para ensaio e apresentações e a praça de eventos e o espaço da câmara que esta sendo reformado.

    • Molotov Responder

      Nós do morro:mais uma ONG,criada para dá vida boa aos seus criadores,os repasses de verba são meio de vida para pessoas acostumadas a fazer “PILANTROPIA”

  4. laise maucher Responder

    Mais um grosso chamado de molotov. Teatro não é so diversão, teatro não funciona só uma vez no ano, como o carnaval,teatro não é futebol.
    quando as artes não são prioridade de um governo,observamos a violência e o consumo das drogas crescendo em larga escala entre os jovens.Fça uma visita molotov a concha acústica e arredores na cidade nova depois das 9 para ver assalto prostituição e consumo de drogas.
    depois me diga se a arte não ocupa mente, levanta a auto estima do ser humano e promove geração de renda ?

    • Molotov Responder

      oi Laise.
      você confunde as coisas,isso é próprio de quem vive aprisionado em um mundinho de faz de conta,a arte é meio de vida para muitos e aí meu respeito aos profissionais da arte,daí querer fazer da arte a solução dos problemas sociais,”pera lá”permita-me discordar,é o meu ponto de vista,esse caos apontado por você,prostituição,assaltos e tantos outros crimes,me desculpe!não é a arte quem vai resolver,para isso é preciso algo mais palpável,educação(essa vem de casa)família e nesse caso a arte é um dos componentes que estão ajudando desconstruir,no seu comentário só tem um ponto em que nós concordamos,geração de renda,óbvio,geração de renda pra quem vive da arte,o que é justo uma vez que é uma profissão regulamentada.
      o que eu disse é:se é uma profissão,vocês vivem disso,é justo que se auto financiem,como fazem tantos outros profissionais desse mundão de meu Deus,não vejo a arte como prioridade,saúde,educação,segurança,sem dúvida estão infinitamente na frente em minhas prioridades,se você pensa diferente,respeito seu ponto de vista,embora não concorde,minha sugestão é para que viva com sua própria capacidade de gestão do seu negócio,monte suas peças,e espere o público comparecer e pagar para ver o que você tem pra mostrar,é assim que faz,o médico,o advogado,o dentista,o quitandeiro,o açougueiro,etc…etc.

  5. maria dos anjos Responder

    Ridículo a sua fala meu amigo, se o teatro esta decadente alguém é o culpado por isso.a secult tem que garanti sim apoio, para que as produções melhorem, coisa que ela nunca fez.Me fale de alguém que esteja morando nessa cidade que esteja rico fazendo teatro ?Acho que você não compreendeu o artigo eu li, e entendi que os artistas, estão querendo mais espaço só isso.É lamentável a falta de sensibilidade e ignorância das pessoas, como li aqui,ou mesmo quando se refere a cultura.Você citou nome de pessoa,que nem mais aqui estão na cidade, e outros que nem mais militam no teatro,justamente porque cansaram de ser maltratados e desrespeitados como artistas.

  6. Anônimo Responder

    Concordo com molotv e com o sossego loco,eu também faço parte do teatro desde do início de parauapebas onde tinha grandes nomes que faziam teatro,mas falo de teatro de verdade e não de cenas ridículas que eu assisti no novo horizonte no aniversário da cidade ,onde a secretaria de cultura deu oportunidade no projeto cultura em movimento que tinha vários tipos de apresentação, e o teatro foi decadente neste dia,péssima por sinal,e ainda querem falar de oportunidade, ou vocês estão querendo benefícios próprio sem visar a classe teatral.acho que estamos tratando de forma errônea quando pedimos bélico próprio .e não defendemos uma classe que merece respeito.na minha época era lobo tunico ferreira professor serafim ,….etc abraço a vcs meus amigos.

  7. Ana Barcelos Responder

    Teatro? Isso é uma palhaçada! A “voz” desse leitor anônimo é extremamente enjoada.

  8. Molotov Responder

    sou a favor que profissionais das artes sênicas achem em seu meio de vida,formas para se auto financiarem,como faz todo profissional na economia de mercado,deixem o governo cuidar do bem coletivo,educação,segurança e saúde,teatro até me provarem o contrário não vejo como prioridade,dependo do ponto de vista,é só mais uma diversão.assim como,futebol,carnaval e etc…

  9. Cidadão de bem Responder

    Quanto a Secretaria de Educação de Parauapebas, façam uma visitinha no Colégio Novo Horizonte (próximo a Faruk)é uma vergonha, como pode uma cidade como essa com o maior arrecadação do estado, não investir em qualidade na educação? Esse colégio, não tem salas para os professores, não tem material para os alunos, um ambiente insalubre, sem segurança!

  10. Cidadão de bem Responder

    O problema nessa cidade é que as secretárias da prefeitura, estão cheias de parasitas, não tem pessoas competentes, estão lá por pura troca de favores. Se na cultura está assim, imagina na educação? O

  11. Vamberto Oliveira Pereira Responder

    Acredito se tivessem boa vontade não era necessário ficar esperando que uma empresa venha cuidar desse assunto. Isso é assunto pra cultura cuidar. Espaço temos mesmo pequeno dava pra fazer alguma coisa. Falta só o cenário e boa vontade dos que estão na. Pra quem não sabe o cdc tá servindo pra que. O nome é centro de desenvolvimento cultural no que pouco acontece vá olhar a agenda de lá e me informem quantas apresentações de fato cultural tem. E de teatro me falem se tem alguma.

    • Juvenal Responder

      Vamberto, muito bem lembrado… Para que serve o CDC? E aquele espaço “arena” próximo ao Metabase?? Nem malabaristas nos sinais vemos… o problema é mesmo falta de espaço?

    • sossego loco Responder

      Muito me admira vc Vamberto falar mal do CDC se ta la toda semana doido pra fazer um biquinho….. se vcs nao sabem o auditorio do predio da antiga Camara onde abriga hoje a secretaria de cultura esta sendo reformado para abrigar justamente as artes cenicas e sera um local destinado a diversas apresentacoes culturais, e tambem para ensaio dos grupos, assim disse o secretario, agora vamos ver se acontece mesmo…. e ze largue de falar mal acredito que todos estao percebendo as mudancas que esta acontecendo na cultura nessa nova gesta, nao se muda paradigmas de uma hora pra outra….

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