Rock in Roça celebra 10 anos cheio de expectativa

Uma década se passou, o festival cresceu e se mantém firme para a alegria dos roqueiros e outras tribos musicais, que deverão invadir o Sítio Açaizal, no próximo sábado, dia 9.
A Banda Pilantropia se apresenta pelo sexto ano consecutivo no Rock in Roça e sempre com uma surpresa para o público

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É em clima de suspense que os organizadores do Rock in Roça de Parauapebas se preparam para celebrar dez anos do maior festival de rock de toda a região sul e sudeste do Pará. Será no próximo sábado, dia 9, no Sítio Açaizal, distante 22 quilômetros do centro de Parauapebas.

Quem deve ser a atração principal e quais bandas locais irão se apresentar? Tanta expectativa parte de roqueiros de tudo que é lado e não apenas de Parauapebas. Muita gente de Belém, do Maranhão e dos municípios da região costuma se deslocar para a cidade dos minérios, a fim de curtir um evento que não se limita à música. Aliás, não só de rock vive o RiR, pois o festival mescla carimbó, reggae, blues e outros ritmos “que são uma brasa, mora?!”.

O Rock in Roça é espaço garantido para empreendedores culturais e artísticos, para a boa culinária, artesanato e para instituições públicas divulgarem seus trabalhos e ações. “São dez anos de muito trabalho, de muita correria para realizar o Rock in Roça porque amamos esse festival e porque a gente acredita neste evento como um grande potencial turístico, consequentemente, econômico e social de Parauapebas”, frisa o empresário e produtor cultural Pedro de Oliveira.

Pedro Oliveira: “São dez anos de muito trabalho, de muita correria para realizar o Rock in Roça porque amamos esse festival”

Aliás, é dentro da Rota dos Búfalos, criada pela prefeitura, que o Rock in Roça é realizado. Durante o evento, o público costuma interagir com os animais e fazer muitas selfies em meio a um gostoso clima de relaxamento.

Mas, afinal, quem serão as atrações musicais que irão marcar uma década de existência do RiR? “Já é a décima edição do Rock in Roça e a sexta edição na qual eu sou convidado a participar. É uma alegria pra gente, é um privilégio e ao mesmo tempo é muita responsabilidade”, diz o vocalista Luciano Figueiredo, da Banda Pilantropia, conhecida em toda a região.

No ano passado, a Pilantropia se apresentou no palco principal após o show de Nando Reis. E Luciano Figueiredo costuma brincar, aos risos: “O Nando abriu o nosso show”. De fato, uma apresentação inesquecível para a Pilantropia porque, pela primeira vez, a banda apresentou músicas autorais que vibraram o grande público.

Para marcar os dez anos do Rock in Roça, Luciano Figueiredo prefere não dar spoiler. “Todo ano a gente tem que se reinventar, tem que fazer alguma coisa pra entregar ao público uma surpresa”, diz o músico, para acrescentar: “É um desafio que a gente abraça e se entrega, e faz de tudo porque a resposta do público também sempre é um presente pra gente. Nós estamos muito ansiosos”.

Para Luciano, o que falta para o Rock in Roça romper ainda mais as fronteiras de Parauapebas e do Pará é patrocínio, seja privado ou público, maior barreira para os chamados fazedores de arte e cultura. “A gente espera que os olhos das autoridades públicas de Parauapebas se voltem com a devida atenção para o tamanho desse evento e para tudo que ele traz pra o rock, para os grupos de dança, para todas as expressões artísticas que se apresentam ali todo ano”, aponta o músico.

Empresa que constrói cultura

Se há uma empresa que acredita na força cultural, artística e turística do Rock in Roça é a Traterra Construções. Não à toa, o apoio do grupo ao festival tem sido garantido nos últimos anos. “O movimento cultural e financeiro para o município é sempre positivo, pois o evento incentiva várias áreas a participarem ativamente. Além de inclusivo, o Rock in Roça é também ambientalmente um destaque, já que contribui com a preservação de área de interesse. São inúmeras razões para que a Traterra participe e continue incentivando o evento já que a nossa responsabilidade social, ambiental e econômica é refletida no evento”, assinala Bruno Gusmão, sócio-proprietário da Traterra.

Bruno Gusmão: “Além de inclusivo, o Rock in Roça é também ambientalmente um destaque”

Festival agregador

Na área do empreendedorismo, as “mulheres de barro” não poderiam faltar ao X Rock in Roça por reconhecerem a importância do evento para projeção de Parauapebas em todo o Estado e por ser um evento que valoriza a arte e a cultura, além de alimentar a economia criativa.

“O Rock in Roça busca agregar vários artistas e várias modalidades num evento que reúne artistas locais e nacionais. O Mulheres de Barro tem participado de algumas edições e é sempre um mérito a gente ter espaço de divulgação”, diz Sandra Santos, presidente da Cooperativa de Artesãos da Região de Carajás – Mulheres de Barro, que deseja “vida longa” ao RiR “mesmo num cenário em que a cultura não é valorizada”.

Sandra Santos: “É muito bom a gente ver eventos que são agregadores, que são cúmplices de outras atividades”

Apesar de o Rock in Roça ser temático, observa Sandra Santos, o evento serve de canal para geração de emprego e renda no campo cultural. “É muito bom a gente ver eventos municipais que são agregadores, que são cúmplices de outras atividades, com a possibilidade de promover geração de renda para vários profissionais da área da arte, da cultura. E o Rock in Roça tem feito isso de buscar os serviços para compor esse arranjo produtivo cultural, que é importante para manutenção das pessoas que estão envolvidas”, assegura Sandra, que parabeniza os organizadores do RiR “por essa confluência de cultura num evento temático”.

Texto: Hanny Amoras (Jornalista – Reg. 1.294/SRTE)