Barragem de Tucuruí é motivo de preocupação na ALEPA

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ELETRONORTE e SEMAS foram convocadas para prestar esclarecimentos sobre fiscalização e monitoramento da barragem de 78m de altura.

No dia 5 de novembro o país inteiro assistiu ao mais grave acidente ambiental registrado nos últimos anos. Trata-se do rompimento das barragens da mineradora Samarco, no subdistrito de Bento Rodrigues, em Mariana (a 115 km de Belo Horizonte, em Minas Gerais).

Este incidente provocou o derramamento de lama, resultante do rejeito da produção de minério de ferro composta – de acordo com informações do IBAMA – principalmente por óxido de ferro e areia, causando impacto direto ao Rio Doce, importante curso de água do sudeste brasileiro.

Diante deste colossal acidente, que a Deputada Eliane Lima (PSDB) protocolou na Assembleia Legislativa requerimento convocando a ELETRONORTE e a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMAS) para prestar esclarecimentos sobre as condições das barragens de terra e concreto da Usina Hidrelétrica de Tucuruí (UHT).

A intenção do requerimento é que sejam oferecidas informações quanto ao processo de fiscalização, as licenças ambientais e monitoramento dos riscos oferecidos por um possível rompimento, tendo em vista o alerta de Mariana (MG).

Tucuruí1

A Usina Hidrelétrica de Tucuruí (UHT) é a maior usina exclusivamente brasileira, com capacidade geradora de 8.370 MW, fazendo com que Eletronorte seja a terceira maior geradora do País, e representando aproximadamente 10% de toda a capacidade instalada no Brasil, tornando a UHE Tucuruí a principal usina integrante do Subsistema Norte do SIN, sendo responsável pelo abastecimento de grande parte das redes do Pará, Maranhão e Tocantins.

Esta Usina possui uma barragem de terra com 11 km de comprimento e 78 m de altura, o que representa um sinal de alerta diante da tragédia ocorrida recentemente em Mariana (MG), posto que este barramento é responsável pela guarda de milhões de litros de água.

1 comentário em “Barragem de Tucuruí é motivo de preocupação na ALEPA

  1. Senna Responder

    Procedente e oportuna a preocupação da Deputada. É necessário que a população tenha conhecimento das ações da empresa geradora de energia em relação a riscos e planos emergenciais em caso de desastres.
    Foi preciso que ocorresse um grave acidente ambiental em Minas Gerais com perdas de biomas irreparáveis, segundo os especialistas, para que se olhasse o Pará, onde estão assentados dois dos maiores projetos de produção, o de energia em Tucuruí e outro na região de Carajás – a Vale. Não se pode esquecer os recentes desastres ambientais em Barcarena em tão pouco tempo.
    Por outro lado, é importante que as empresas divulguem os planos, onde constem as ações de apoio às populações atingidas.
    As vidas humanas ceifadas e os biomas perdidos são os recursos preciosos que muitas vezes, a produção de riqueza deixa em segundo plano.

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