Depósito Antas, em Carajás, no Pará, tem 85 mil toneladas de cobre

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A Avanco Resources informou hoje (17) que o relatório inicial de reservas provadas e prováveis, de acordo com o código Jorc, do depósito Antas, em Carajás, apontou 2,649 milhões de toneladas de minério, com teor de 3,19% de cobre e 0,66 gramas de ouro por tonelada, ou seja, com 84,5 mil toneladas de cobre contido e 56.277 onças de ouro.

Segundo a mineradora, os resultados confirmam alto teor de cobre, passível de mineração a céu aberto e beneficiamento por meio de metalurgia simples.

Antas_AvancoCom vida útil da mina superior a nove anos, o objetivo da Avanco é ser a segunda maior mineradora de cobre da região de Carajás, perdendo apenas para Vale. A Avanco afirmou que não foram identificados empecilhos técnicos ou ambientais no depósito, que se encontra em uma área de mineração estabelecida e com acesso à infraestrutura.

A conversão de recursos em reservas foi alcançada em 72% dos recursos minerais medidos e indicados e 60% das reservas de minério foram classificadas com teor médio de 3,62% de cobre. Cerca de 60% das reservas de minério foram classificadas como provadas e o restante como prováveis.

A Avanco trabalha agora no desenvolvimento do depósito, providenciando o projeto de engenharia e a importação do moinho de bolas. A previsão é que potenciais financiamentos sejam concluídos em outubro e os trabalhos de construção sejam iniciados ainda este ano. A expectativa da mineradora é que o comissionamento da Fase 1 de Antas ocorra no final do segundo trimestre de 2015.

A Avanco afirmou que, enquanto acordos de comercialização ainda estão sendo confirmados, encontrar clientes para o concentrado de cobre produzido em Antas não parece ser difícil. Potenciais clientes já foram identificados no Brasil e em outros países. Segundo a mineradora, a Glencore, principal acionista da Avanco, está entre as empresas que já manifestaram interesse em adquirir o produto.

Em entrevista, no início deste mês, o diretor da Avanco, Luiz Azevedo, afirmou que foram somente seis anos entre a empresa ser listada até a obtenção das reservas, isto com duas grandes crises no período.

A próxima etapa é conseguir US$ 60 milhões com investidores para tirar do papel a planta e em 2015 produzir concentrado de cobre. “A Avanco vai correr atrás deste prazo. E já se prepara para começar um segundo projeto avançado, e que também deve virar mina, mas este lá para 2017”, afirmou Azevedo, na ocasião.

A Avanco Resources é responsável, além de Antas, pelos projetos Rio Verde e Pedra Branca, todos localizados na província mineral de Carajás, no Pará. (NMB)