GSK anuncia pedido regulatório à UE para a vacina contra a malária

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Avaliação do pedido é realizada pela EMA em colaboração com a OMS

A GSK, empresa da área farmacêutica e da saúde, anuncia a apresentação de um pedido regulatório à Agência Europeia de Medicamentos (EMA na sigla em inglês) para sua vacina candidata contra a malária RTS,S. A apresentação do pedido observará o procedimento do Artigo 58, que permite a EMA avaliar a qualidade, segurança e eficácia de uma vacina candidata, ou medicamento, fabricado em um estado-membro da União Europeia (UE) para uma doença reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de grande interesse público da saúde, porém pretendida para uso exclusivo fora da União Europeia.

MalariaMapA avaliação do pedido é realizada pela EMA em colaboração com a OMS, e exige que os produtos atendam os mesmos padrões de vacinas ou medicamentos pretendidos para uso na UE. A elegibilidade do pedido foi concedida pela CHMP (Comitê de Produtos Medicamentosos de Uso Humano) após a OMS ter concordado que a RTS,S atendia os critérios para a referida avaliação.

A RTS,S deverá ser exclusivamente utilizada contra o parasita da malária, Plasmodium falciparum, mais predominante na África Subsariana (SSA). Cerca de 90% das mortes estimadas com malária ocorrem na SSA, e 77% em crianças menores de cinco anos de idade.

A apresentação do pedido à EMA é o primeiro passo no processo regulatório para tornar a vacina candidata RTS,S disponível como adicional às ferramentas atualmente existentes recomendadas na prevenção contra a malária. Uma vacina eficaz para uso além de outras medidas, tais como mosquiteiros e medicamentos antimaláricos representariam um avanço no controle da malária. Até hoje, não existe uma vacina licenciada disponível na prevenção contra a doença.

Caso o parecer da EMA seja favorável, a OMS indica que uma recomendação sobre política talvez seja possível no final de 2015. A recomendação sobre política é um processo formal de revisão da OMS destinado a auxiliar no desenvolvimento de cronogramas de imunização otimizada para doenças que exercem um impacto na saúde do público global, tais como a malária.

O parecer favorável da EMA também serviria de base para pedidos de autorização para comercialização junto às Autoridades Reguladoras Nacionais (NRAs) dos países da África Subsaariana. A revisão por parte de uma agência europeia de medicamentos é exigida pela maioria dos países africanos antes do registro de um produto medicinal fabricado na Europa. Se positivo, essas decisões regulatórias ajudariam a traçar os passos em direção à implantação em larga escala da vacina por meio de programas nacionais africanos de imunização.

maxresdefaultDra. Sophie Biernaux, Chefe da Franquia Vacina contra a Malária da GSK afirma “este é um momento muito importante na história de 30 anos da GSK para desenvolver a vacina RTS,S e significa um passo adiante no sentido de disponibilizar uma vacina mundial que pode ajudar a proteger as crianças africanas contra a malária.”

Dados referentes à fase III do programa teste da vacina conduzido em 13 centros de pesquisa africanos, em oito países africanos (Burkina Faso, Gabão, Gana, Quênia, Malawi, Moçambique, Nigéria e Tanzânia), incluindo mais de 16.000 crianças e adolescentes, também foram incluídos para corroborar o pedido.
RTS,S é o nome científico dado à vacina candidata contra a malária e reflete a composição desta vacina candidata que também contém o sistema adjuvante AS01ii. O objetivo da RTS,S é acionar o sistema imune do corpo humano para se defender contra o parasita da malária, P falciparum, quando entra primeiro na circulação sanguínea do hospedeiro humano e/ou quando o parasita infecciona as células do fígado.

Fonte: Administradores.com